Naufrágios em Florianópolis

Naufrágios em Florianópolis
Exemplo de um dos vários naufrágios em Florianópolis –  Guarará (foto Reprodução_NSC TV)

Um pouco da história dos naufrágios em Florianópolis

Naufrágios em Florianópolis
Restos do U-513 crédito Werner von Haeften

A Ilha de Santa Catarina, pertencente ao município de Florianópolis, mais conhecida como ilha da Magia, esconde embaixo de sua superfície de águas azuis um mundo de naufrágios, que contam a história de séculos de navegação e expedições ao largo da parte ocidental do Oceano Atlântico Sul.

Florianópolis é uma das três ilhas-capitais do Brasil, localizada a leste do estado de Santa Catarina e banhada pelo Oceano Atlântico. A ilha de Santa Catarina apresenta uma forma alongada em comprimento e estreita em largura, com um litoral bastante recortado originando diversas enseadas, pontas, ilhas e ilhotas, baías, lagunas e lagoas e é graças a estas características litorâneas somadas com um clima nem sempre ameno, com fortes ventos e densas neblinas que resultou em diversos acidentes envolvendo embarcações, dando origem a esse mundo mágico de naufrágios que fazem a alegria de exploradores e mergulhadores.

Existem na Ilha de Santa Catarina mais de 40 naufrágios catalogados e não é atoa que a Praia de Naufragados, como já diz o nome, é considerada um santuário brasileiro dos naufrágios. A praia tem esse nome por conta de um naufrágio, que pode ser o mais antigo conhecido da América do Sul, onde os sobreviventes se refugiaram nesta praia e também onde sepultaram seus colegas mortos. Ainda existe muita discussão a cerca de que naufrágio seria este, uns dizem que seria o La Provedora, da esquadra espanhola do Rei Felipe II, outros que era um navio que levava um grupo de imigrantes açorianos para o Rio Grande do Sul para fundar a atual cidade de Porto Alegre em meados do século XVI.

Outras surpresas

Naufrágios em Florianópolis
Canhão de bronze da La Provedora

Porém, não só navios expedicionários repousam no leito do Atlântico nas redondezas da Ilha de Santa Catarina.  O U-513, submarino de guerra alemão, que durante a Segunda Guerra Mundial foi bombardeado pelo hidroavião americano Tender USS Barnegat, repousa no leito marinho a aproximadamente 133 metros de profundidade à 140 quilômetros da costa de Florianópolis. Seus destroços foram encontrados pela família Schurmann em 2014, 10 anos após o inicio de sua busca. Por ser considerado um túmulo de guerra, a Marinha do Brasil não permite sua exploração interna.

Dos navios expedicionários dos séculos passados, submarinos da Segunda Guerra Mundial, agora chegamos a famosa frota pesqueira do sul do Brasil, o Atuneiro Alalunga VII que na madrugada de 12 de Janeiro de 2008 retornava da pescaria no litoral gaúcho com destino a Itajaí/SC, com cerca de 70 toneladas de pescados, acabou colidindo com uma laje de pedras adjacente a ilha do Xavier em Florianópolis. Este naufrágio está localizado à apenas 1,2 quilometro da costa leste da ilha, em frente a Praia Mole, e sua profundidade é de aproximadamente 20 metros, tornando um mergulho fácil e bem interessante. Esta embarcação foi construída em Itajaí e custou um total de 5,4 milhões de reais e logo em sua segunda viagem foi ao fundo por conta deste acidente repousando junto com tantos outros nesta costa maravilhosa.

Por Vinicius Bitencurt

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