Arte em Campinas, cultura democratizada

Conhecer a Arte em Campinas é entender a cultura da cidade.  A arte é uma arma poderosa para transmitir nossos valores, nossas impressões, nossa realidade e nossa fantasia. É por meio dela que conseguimos discutir, transgredir, unir e quebrar paradigmas. Sem a arte o mundo é preto e branco e sem brilho.

Mas, para podermos incentivá-la, devemos dar suporte e a devida valorização a todos os que se empenham em produzi-la e levar entretenimento ao público. Campinas é uma das cidades que mais valorizam os artistas, e já levou vários nomes ao estrelato e ao exterior. Seja por meio de uma política de educação voltada a todos os segmentos, seja pelo talento natural incentivado por seus conterrâneos, o que não falta nesta terra é a tradição da cultura democratizada.

 

Arte em Campinas-artes-300505-museu-carlos-gomes-foto-lg08-bxCentro de Ciências, Letras e Artes

Fundado por um grupo de cientistas, artista e intelectuais, o Centro de Ciências Letras e Artes promove, desde 1901, o estudo e a produção de atividades científicas e artísticas. O CCLA foi um retrato dos ideais positivistas e republicanos da época e da importância política de Campinas.

Sem fins lucrativos, esta entidade cultural tem sob seu gerenciamento: Biblioteca Bierrenbach com mais de 150 mil volumes; pinacoteca com quadro de Lasar Segall doado quando da sua exposição; Museu Campos Salles com documentos e objetos doados pelo próprio Presidente da República; Museu Carlos Gomes com partituras originais do compositor e maestro; galeria de arte ; sala de leitura; vitrine cultural e auditório para 220 pessoas. Na década de 1950, o CCLA fundou também o primeiro Cineclube de Campinas.

Onde: R. Bernardino de Campos, 989 – Centro.

Centro de Cultura Caipira e Arte Popular

Inaugurado em 2013 pela Prefeitura Municipal de Campinas, no Distrito de Joaquim Egídio, o Centro de Cultura Caipira e Arte Popular teve nesse evento as famílias da dupla sertaneja mais inspiradora do país: Tonico e Tinoco, uma justa homenagem do local que abriga o acervo referente a eles. O lugar escolhido para o Centro é perfeito, pois está na área rural da cidade, cujos moradores refletem a cultura caipira. “O objetivo da Secretaria de Cultura é fortalecer e apoiar a cultura caipira na região, além de oferecer um amplo conjunto de ações culturais, como cursos e oficinas, apresentações de espetáculos e promoções de eventos. Também está prevista a criação de uma linha editorial voltada aos estudos, à divulgação e à preservação do patrimônio cultural classificado como cultura caipira”.  Fonte: Secretaria de Cultura de Campinas

Onde: Rua José Ignácio, 14

Cândido Ferreira

Inaugurado em 1924, atualmente é uma referência nacional no tratamento de saúde mental, reconhecido pela Organização Mundial da Saúde. Seu Diferencial está na forma de lidar com os usuários que recebem um tratamento de “desospitalização”, ou seja, o paciente é integrado na vida social por meio de Núcleos de Oficinas (Jornal Candura, Radio no Programa Maluco Beleza e Letramento Digital), que, reconhecidas pelo Ministério da Cultura, receberam a bandeira de Ponto de Cultura. Um projeto exemplar com resultados tangíveis e de uma humanidade única.

Saiba mais no site: www.armazemoficinas.com.br.

Onde: Rua Antônio Prado, 430 – Sousas.

Roque Melillo

Um amante da cultura e dos livros, esse grande doador de recursos para a preservação de conhecimento foi um dos responsáveis pela construção da biblioteca que está no prédio do Museu de Arte Contemporânea de Campinas. Trabalhador desde os 8 anos de idade, foi assistente de bibliotecário.

Do que ganhava, doava metade para seu pai poder sustentar seus sete irmãos. Estudou Engenharia e depois se tornou bibliotecário. Agora com um salário bom, Melillo investiu em ações do Banco do Brasil e com isso conseguiu ficar milionário. Com sua capacidade econômica, doou 4 milhões de cruzeiros (na década de 1970) à Prefeitura para que esta construísse uma biblioteca.

Pedido aceito, construiu-se um edifício junto ao Palácio dos Jequitibás. Além disso, foi jornalista, tradutor, dublador, pianista e falava mais quatro idiomas. Doou também para a Biblioteca Municipal de Nova York, ao Lincoln Center, ao Metropolitan Opera House e aos países do Terceiro Mundo. Morreu em Nova York em 1976 com 87 anos e está enterrado no Cemitério da Saudade em sua cidade natal.

Ver também outros posts sobre os artistas locais e também sobre os locais culturais de Campinas.

Para saber mais: cidade de Campinas