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Woodstock – Festival de música e arte, 1969

O Festival Woodstock sem dúvida foi um marco na música e na sociedade norte-americana da conturbada década de 1960.

Década de 1960

A década de 1960 foi revolucionária em um mundo em ebulição. O cenário global vivia com o fantasma da Guerra Fria “pairando” sobre a sociedade, onde capitalistas e comunistas disputavam cada pedaço de território provocando assim muitas turbulências geopolíticas e guerras como a controversa Guerra do Vietnã. O avanço tecnológico com a ida a Lua e os infinitos testes de bombas nucleares conturbaram ainda mais a sociedade e modificaram a forma de encarar esse novo formato de mundo. Nesse mesmo período, o movimento igualitário negro ganhou mais força e surgiram ícones que se tornaram lendas. Toda essa “agitação” coletiva gerou uma ruptura no modelo conservador da sociedade ocidental. Os questionamentos sobre o certo e o errado, sobre o livre e o reprimido, sobre as antigas teorias racistas e sexistas ganharam força e impulso e culminaram no Movimento Hippie, um exemplo de contracultura.

Movimento Hippie

Esse movimento permaneceu forte até a década de 1970. Revolucionou gerações inteiras e deixou marcas em outros movimentos que até hoje perduram: o ambientalismo, a igualdade de gêneros, o pacifismo e o conhecimento, por parte da sociedade ocidental, de religiões como o hinduísmo e o budismo. Foi uma revolução pacifista, porém não silenciosa, pois inúmeros influenciadores da época o adotaram, com destaque para John Lennon, Jimmy Hendrix, entre tantos outros espalhados pelo mundo.

Woodstock

O Festival Woodstock foi, em parte, o clímax de toda agitação que o mundo passava. De 15 a 17 de agosto de 1969 o Woodstock Music & Art Fair reuniu quatrocentas mil pessoas nas terras do pecuarista Max Yasgur, na cidade de Bethel, no estado de Nova York. Organizado por Michael Lang, Com o tema  Uma Exposição Aquariana: 3 Dias de Paz & Música, foram vendidos cerca de 186 mil ingressos, porém o público duplicou com a derrubada das cercas, o que acarretou um caos nas estradas e no próprio espaço dedicado ao festival que não estava preparado para receber tantas pessoas. Apesar de todas as adversidades no local, como falta de higiene, poucos alimentos etc., Woodstock foi um dos festivais mais icônicos de todos os festivais que aconteceram até hoje. Ao todo foram 32 apresentações entre as quais Janis Joplin, Santana, Joe Cocker, Mountain, The Who, Johnny Winter, Paul Butterfield e Jimi Hendrix que fechou com chave de ouro os três dias mágicos que Woodstock proporcionou aos espectadores.

Bethel Woods Center for the Arts

Para os curiosos e/ou saudosistas, o local onde Woodstock foi realizado é aberto para visitação. A antiga fazenda tornou-se em um ponto turístico de relevância histórica e conta com museu, loja, área para shows e lanchonete. Um passeio para a família toda.

Woodstock foi único e como um acontecimento histórico não pode ser replicado, a tentativa de refazê-lo em 1999 foi catastrófica, pois o contexto social era totalmente diferente. O legado desse evento ímpar ainda é sentido pelas novas gerações e sua essência preservada. Woodstock deixou saudades para os que tiveram a oportunidade de ir e inigualável pelo o que representou.

Renata Weber Neiva

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