Museu d’Orsay – Paris
Inaugurado em 1986, o Museu de Orsay ou Musée d’Orsay é um dos principais museus da capital francesa. Porém, não só seu acervo chama atenção pelas obras fantásticas que contém, seu prédio é magnífico e de grande significado histórico para a cidade de Paris: a estação d’Orsay.
A história
O Museu d’Orsay está localizado no 7° arrondissement, as margens do rio Sena. Seu imponente prédio guarda memórias inestimáveis da história de Paris. No século XV, as terras onde hoje está situado o Museu, pertenciam à rainha Marguerite de Valois, esposa de Henrique IV. Quando Marguerite morreu, o local foi transformado em um bairro de luxo e, na margem do rio Sena foi construído um porto denominado Grenouillière, onde atracavam barcos.
No século seguinte, esse porto passou a se chamar Quai d’Orsey (doca de Orsay), construída em 1708 e abrange, na margem esquerda do rio Sena, a partir da Pont Royal, a área que vai da Torre Eiffel até o Palácio de Bourbon. Nessa região foram construídos vários palácios como o da Legião de Honra (Hôtel Salm), a Assembleia Nacional Francesa, e o Hôtel Lassay. Já no século XIX, foram erguidos o Quartel da Cavalaria e o Palais d’Orsay. Durante a Comuna de 1871, o Palais d’Orsay foi queimado. E é justamente nesse local que a estação de trem d’Orsay foi construída.
A estação – Gare du Quai d’Orsay
Em 1900, o governo cedeu o local do antigo Palais d’Orsay à Cia. Ferroviária de Orleans para a construção de uma estação. Em 1898, após uma seletiva de projetos que visassem à elegância da região, o arquiteto Victor Laloux, projetista do edifício da Prefeitura de Tours, deu início as obras, tanto da estação como do hotel compondo um mesmo complexo. A construção, que demorou apenas dois anos, estava pronta para a Exposição Universal de 1900 de Paris. Sua fachada foi confeccionada em o estilo eclético e seu interior, prevaleceu o estilo moderno, com muitas estruturas metálicas. Para a época, um ícone do modernismo.
O Museu d’Orsay
Depois da vinda de outros modais, a estação d’Orsay, não mais servia aos fins em que fora projetada, sendo fechada em 1973. Assim sendo, em 1979, seis projetos foram apresentados para a transformação do local em um museu sem descaracterizar a obra de Victor Laloux. Os vencedores foram os arquitetos Renaud Bardon, Jean-Paul Philippon e Pierre Colboc. Mantendo as enormes proporções do eixo principal da antiga estação, as salas de exposição, no piso térreo, são distribuídas nas laterais. O nível intermediário, com terraços para o eixo principal, também possui salas de exposição, assim como o piso superior. Dos três níveis podemos acessar outros espaços como o antigo hotel, onde está o Restaurante Museu, a livraria, o Café des Hauteurs e o auditório.
O acervo
O foco principal do acervo são obras datadas entre 1848 e 1914. Essas obras são oriundas do Museu do Louvre, do Museu do Jeu de Paume e do Museu de Arte Moderna de Paris. São esculturas, pinturas e fotografias. Aqui, o visitante irá se deslumbrar com tantas obras famosas, vistas apenas em livros ou sites.
Alguns deles: Paul Cézanne, Pierre Bonnard, Gustave Coubert, Edgar Degas, Vincent van Gogh, Eugène Delacroix, Gustav Klimt, Claude Monet, Camille Pissarro, Pierre-Auguste Renoir, Auguste Rodin, Henri de Toulouse-Lautrec, Paul Gauguin, Honoré Daumier, entre outros.
O Museu d’Orsay é mais um dos muitos locais de grande relevância, não só do ponto de vista artístico, mas também da história parisiense. Situado no mais charmoso bairro da capital francesa, tendo como vizinho o rio Sena, o Museu d’Orsay nos brinda com a principal arte: a arte da preservação.
Onde: 1 Rue de la Légion d’Honneur – Paris.