O Elevador Lacerda foi inaugurado em 1873. Na época, ter um elevador como transporte público, era bem inusitado, por isso mesmo foi o primeiro desse gênero no mundo. Salvador é dividida em parte alta e parte baixa com uma diferença de 60 metros de nivelamento. A comunicação entre esses dois níveis era difícil, com acesso limitado, feito por meio de guindastes planos feitos pelos jesuítas (um deles era apelidado de Guindaste dos Padres), para subirem mercadorias e ladeiras muito íngreme,s para a população.
Essa distância vertical entre as duas partes da cidade era muito prejudicial por conta do porto. Então, Antônio de Lacerda (1834 – 1885), gestor da Companhia de Transportes Urbanos, decidiu construir um elevador hidráulico que se chamou Elevador Hidráulico da Conceição.
Antônio e seu irmão Augusto Frederico de Lacerda elaboraram o projeto. Críticos e céticos achavam que os irmãos Lacerda estavam delirando com esse projeto por ter uma concepção única e jamais feita em nenhum outro país. Mas, a persistência e a certeza da capacidade de todos os que trabalharam na obra, transformaram a capital baiana, deixando-a com uma característica ímpar.
Transformação da paisagem
O Elevador fazia parte de um plano urbanístico para a expansão da cidade, principalmente a região sul. Ele liga, na Cidade Baixa, a Praça Cairu à Cidade Alta, na Praça Tomé de Sousa. São 63 metros e 30 segundos de viagem com vista para a Baia de Todos os Santos e o Forte de São Marcelo.
Ao longo dos anos novas tecnologias foram implantadas como a eletrificação e a criação de mais duas cabines projetadas pelos arquitetos Adalberto Szilard e Fleiming Thiesen e confeccionadas pela empresa americana Otis Company, no final da década de 1920. Hoje, é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Também é um dos principais pontos turísticos de Salvador e recebe mais de 30 mil pessoas por dia.
