Belém: do açaí ao tacacá, do carimbó a Nazaré

Em Belém deve-se esquecer roteiros tradicionais e as formas convencionais de conhecer um novo destino. A capital do Pará, encanta não somente pela riqueza histórica, mas também pelos aromas, cores e texturas que podem ser encontradas ao longo das ruas, docas e avenidas.

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Receptiva e turística durante todos os meses do ano, Belém pode ser conhecida em qualquer estação. Caso queira fugir, só um pouco, das chuvas é aconselhável visitar entre junho e novembro, durante o verão – apesar do calor intenso que faz parte da região. No entanto, é em outubro que o local fica movimentado ao festejar o maior evento religioso do Norte: o Círio de Nazaré. A procissão, que reúne milhares de fiéis, é celebrada desde de 1793 e foi considerada Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial pelo IPHAN.

Mesmo que não viaje para a cidade durante a época do Círio, vale a visita à Basílica de Nazaré, afinal, é ali que começa a procissão. Por dentro, encanta e surpreende com as belezas em estilo neoclássico, pinturas do século XIX e um impressionante órgão que veio da França.

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Cidade que convida a conhecer diversas tradições, Belém tem como cartão-postal um dos mercados populares mais exóticos da América Latina. Situado às margens do rio Guamá, o Ver-o-Peso, carinhosamente apelidado de Veropa, é o coração da região desde 1626. Por lá, o viajante vai encontrar – e degustar, claro – itens exclusivos, como jambu, pirarucu, surubim e tambaqui, peixes frescos, benzedeiras realizando rezas, óleos e, até mesmo, poções mágicas para curar todos os tipos de dores.

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Maior produtor nacional de açaí, o fruto é o símbolo do estado. Em Belém, entretanto, é difícil que a pequena plantinha roxa seja adocicada antes de ser consumida. Na região, o doce vai sem açúcar e deve ser devorado puro ou de maneiras pouco conhecidas, como em forma de caldo com farinha de tapioca e peixe ou outros frutos do mar. Caso você deseje se aprofundar ainda mais nos sabores, a Feira do Açaí é uma boa pedida. Prepare-se para acordar cedo e partir para o turismo de contemplação: centenas de cestos repletos de frutinhos recém-colhidos são descarregados ao redor da baía de Guajará.

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A gastronomia merece destaques à parte. Do tucupi ao tacacá, passando pela goma de mandioca e frutos do mar, a culinária paraense é esplêndida e recheada de sabores que precisam ser descobertos. Não à toa que grandes chefs brasileiros recorrem constantemente à região para desvendar as delícias e preparar pratos em homenagem.

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Parta para conhecer os casarões do centro históricos. Coloridos, antigos, alguns restaurados, outros nem tanto, as construções para lá de diferentes fazem parte da essência paraense e merecem receber os flashes de câmeras curiosas.

Procurando um presente para levar aos entes queridos? No bairro de Icoaraci, o turista encontra tesouros que a cultura do estado produz: as belíssimas cerâmicas Marajoara, Tapajônica e Maracá. Pare para apreciar o processo de construção das peças e traga para casa algo único e especial.

Pedacinho da selva amazônica no centro de Belém, o Mangal das Garças une o que há de mais lindo da fauna e flora paraense. Lá é possível encontrar o maior borboletário da América do Sul, um orquidário, o Farol da Cidade e um viveiro com aves inacreditavelmente vermelhas.

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Construído nos antigos galpões do porto de Belém, a Estação das Docas é complexo turístico de 32 mil metros quadrados. Com muitas opções culturais para serem vivenciadas e apreciadas, como teatros, museus e palcos para apresentações musicais, o local é ideal para quem busca um refugio do calor ou quer aproveitar a bela vista. Fique atento para os shows de carimbó, dança típica do Estado, que são realizados em barcos.

Foto por Roman_Rahm via iStock

Como chegar

O Aeroporto Internacional Val-de-Cans rece­be voos de todas as regiões do Brasil.

Hotelaria

A maior parte dos hotéis está centralizada nos bairros de Nazaré e Batista Campos, e é possível encontrar hospedagens de grande e pequeno porte.

Texto por: Carolina Berlato

Imagem Destaque: wagnerokasaki via iStock