Catedral de Milão, seis séculos de história milanesa

Catedral de Milão
Fachada da Catedral de Milão. Foto Nathália Weber

Ponto central da cidade, a Catedral de Milão (Duomo di Milano) se destaca por sua beleza e tamanho. Começou a ser construída em 1386, por pedido do bispo Antonio da Saluzzo e a mando de Gian Galeazzo Visconti, no mesmo lugar da antiga igreja de Santa Tecla, datada do século V. Toda grandeza da Catedral de Milão vem de sua morosa edificação que, por incrível que pareça, durou até 1965. Portanto, muitos artistas e arquitetos contribuíram, ao longo desses séculos, na expansão e decoração da Catedral. Para gerir a construção foi fundada a Veneranda Fábrica da Catedral (Veneranda Fabbrica del Duomo).

Catedral de Milão
Interior da Catedral de Milão. Foto roberto_m – pixabay

A beleza artística se destaca na quantidade de peças, ao todo, contando com o exterior e interior, são 3.400 estátuas. Em uma área de 11.700m² e 45 metros de altura, seu interior pode abrigar até quarenta mil pessoas. No início da obra, o arquiteto escolhido foi  o francês Nicolas de Bonaventure.  Ele deu ao projeto o estilo gótico e o estilo tradicional da região da Lombardia.  O principal material utilizado é o mármore branco-rosa de Candoglia, antiga jazida de propriedade da família Visconti.

Relíquia

A Catedral guarda uma preciosa relíquia: um dos pregos da Cruz de Cristo.  Ela foi doada pela mãe do imperador Constantino, Santa Helena. Essa relíquia fica exposta dois dias a cada ano no segundo sábado do mês de setembro.

Calendário Solar

Uma das maravilhas da Catedral de Milão é o Calendário Solar que corta seu interior por uma linha de cobre assentada no chão. A cada espaço, um símbolo do signo do Zodíaco é iluminado pelo Sol através de uma cavidade no teto indicando a posição do astro.

Madonina da Catedral de Milão. Foto 5359090-Pixabay

Fachada

Em estilo maneirista, no ponto mais alto da fachada da Catedral de Milão está a escultura em bronze folheada a ouro, Madonnina, datada de 1774, de autoria de Giuseppe Perego. A Madonnina, de tão adorada, é o símbolo da cidade.

Subsolo

Com quatro metros de profundidade, no subsolo, estão as ruínas da igreja de Santa Tecla e do antigo batistério de San Giovanni alle Fonti. Essas ruínas foram encontradas na década de 1960, quando da construção do metrô.

Museu di Duomo

Aberto em 1953, o Museu di Duomo, abriga esculturas, documentos e relíquias.  Elas estão sendo conservadas nesses 600 anos, desde o início construção da Catedral. Por meio de suas peças, a história desse magnífico templo se elucida. São vinte e seis salas com exposições de cálices, terços, candelabros, peças do Palazzo Reale (antigo Palácio Ducal), assim como esculturas em mármore, quadros e esboços e uma maquete da Catedral de Milão datada do século XVI.

Catedral de Milão
Exterior da Catedral de Milão. Foto Dimitris Vetsikas – Pixabay

Veneranda Fabbrica del Duomo

Inaugurada em 1387, por Gian Galeazzo Visconti, é uma instituição voltada para a restauração e conservação da Catedral de Milão, e para a administração de suas verbas e atos eclesiásticos. A intenção da criação da Fabbrica era a gestão dos recursos adquiridos para a edificação da Catedral. De lá para cá, a instituição gerencia o ingresso de mais de dois milhões de visitantes.  Também é responsável pelos Estaleiros, o Museu da Catedral, a Capela Musical e o Arquivo-Biblioteca.

Visitar a Catedral de Milão, uma das maiores da Europa, é sentir o peso do poder econômico da região e de sua fé. Símbolo de Milão, um tesouro italiano.

Onde: Piazza del Duomo, 20122 – Milão.

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Catedral de Milão
Fotos Nathália Weber