Castelo de São Jorge em Lisboa, dos dois lados da História

Entrada do Castelo de São Jorge em Lisboa. Foto: Márcio Masulino

O Castelo de São Jorge, em Lisboa, na freguesia de Santa Maria Maior, é um Monumento Nacional de Portugal. É datado do século XI e construído pelos muçulmanos. Porém, há registros anteriores de uma fortificação erguida no mesmo local. Aliás, o nome Lisboa vem do Lissabona, dado pelos invasores islâmicos. Não podemos esquecer que o território onde Lisboa está situada, foi invadido por inúmeros povos, como: fenícios, gregos, cartagineses, romanos, suevos, visigodos e, finalmente, muçulmanos.

Torres do Castelo de São Jorge

Invasão islâmica na Península Ibérica

Com o norte da África sob o domínio muçulmano, a invasão da Península Ibérica pelo Estreito de Gibraltar foi mais um passo na expansão em território europeu, entre os séculos VIII e XIII.

Esta invasão deixou marcas visíveis até os dias de hoje em vários segmentos, como: cultura, arquitetura e patrimônios históricos.

A reconquista

O Castelo, diante da retomada lusa, foi um refúgio para a elite de muçulmana. Após três meses de cerco, no ano de 1147, promovido por D. Afonso Henriques (primeiro rei de Portugal), com ajuda de cruzados ingleses, normandos, flamengos e alemães, o Castelo foi retomado. Uma vez dominado pelos cristãos, foi denominado Castelo de São Jorge, padroeiro dos cruzados e do Exército. 

Status conquistado

Após a elevação de Lisboa à capital do Reino de Portugal, em 1255, o Castelo de São Jorge tornou-se Paço Real ou Paço Alcáçova, abrigando também o Palácio dos Bispos, a fortificação militar e o albergue dos nobres. Somente três séculos mais tarde, o Paço Real foi transferido para o Paço da Ribeira, em virtude do terremoto de 1755, que obrigou a Coroa Portuguesa a construir edificações novas.

Restauros

Entre 1938 e 1940, muitas descobertas arqueológicas importantes foram feitas quando da restauração do Castelo, restabelecendo o áureo período de predominância de outrora. Esses vestígios do passado estão na Exposição Permanente no Sítio Arqueológico.

 

O Conto dos Besteiros de Lisboa

Os Besteiros eram uma espécie de Ordem muito respeitada em toda a Europa. Lisboa possuía o maior número de Besteiros do reino de Portugal. A besta, arma medieval, tornou as batalhas mais letais e com menos combate corpo a corpo. Por isso, D. Dinis, no século XIII, deu certos privilégios aos Besteiros do Conto de Serpa. Essa atividade ensina o visitante a capacidade bélica das bestas, a história dos Besteiros do Conto, suas obrigações reais, a perícia dos besteiros, suas táticas e todos os artefatos necessários para lidar com a arma e seus modelos criados ao longo dos séculos.

Alcáçova

Alcáçova, em árabe, significa cidadela e foi como ficou conhecido o Castelo de São Jorge na época da ocupação moura. A alcáçova possui arquitetura militar típica das construções mourisca, com os pátios divididos em dois: um para abrigar o povo e outro para a mesquita.

 

Onde: Rua de Santa Cruz do Castelo, 1.100 – Lisboa.

Atividades para os visitantes

O visitante terá experiências inesquecíveis que remontam aos séculos anteriores. Poderá participar de atividades inigualáveis que transcendem ao senso da realidade.

Vista de uma das torres do Castelo de São Jorge em Lisboa

Jogos da Cavalaria

O visitante irá aprender como organizar um exército medieval, quais os equipamentos de cavaleiros eram necessários, como montar um cerco em uma fortificação e como atacá-la e invadi-la.  Essa atividade tem como cenário o cerco castelhano em Lisboa no ano de 1384. Aqui, tática e logística são aprendidas rapidamente empunhando espadas e todos os artefatos bélicos medievais.

Antes do Castelo

O visitante irá aprender séculos e séculos da história de Portugal, tendo como pano de fundo o próprio Castelo de São Jorge até o século V, com a chegada dos visigodos.

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