Bragança na Revolução Constitucionalista de 1932

Bragança na Revolução Constitucionalista de 1932
Acervo Museu Municipal Oswaldo Russomano

Um pouco de História

Com a perda do poder paulista no Governo Federal, a subida de Getúlio Vargas ao poder, a deturpação da Constituição Brasileira de 1881, a implantação de uma ditadura e a imposição de um interventor getulista no governo do Estado fizeram com que as elites cafeeiras e a população em geral abraçassem a causa separatista.

Em 1932, o povo foi às ruas em um manifesto claro de descontentamento com a situação. Um grupo de manifestantes tentou invadir a Liga Revolucionária, que era uma força paramilitar de Getúlio, quando quatro estudantes foram mortos: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo – MMDC . Esse trágico acontecimento foi o estopim para a revolução começar. Em 9 de julho, o Estado de São Paulo partiu contra as tropas federais. No Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, o movimento tomou força, porém, por uma série de intempéries políticas, esses três, que seriam os maiores aliados de São Paulo, interromperam o apoio e isso fez com que os paulistas perdessem.

Apesar da derrota, o que se viu foram resultados favoráveis aos constitucionalistas.

Bragança na Revolução Constitucionalista de 1932
Coleção do Museu Municipal Oswaldo Russomano

Participação de Bragança

Bragança Paulista fez parte efetiva da defesa do território do Estado de São Paulo, no arco batizado de Frente Mineira na defesa, formado pelas cidades de Bragança Paulista, Campinas, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto. Uma enorme extensão de terra para repelir o inimigo. Grande parte do contingente revolucionário organizou suas tropas em Bragança. Porém, em 26 de agosto, foram obrigados a se retirar das fronteiras devido à falta de munição e a inferioridade de soldados.

Nesse confronto desproporcional, participaram 119 bragantinos.  E doze perderam suas vidas pelo ideal de justiça e liberdade, deixando como legado a bravura.

Apesar da derrota, o que vimos foi uma mobilização do povo paulista em geral, com mulheres atuando eficazmente, campanhas de arrecadação de ouro, fabricação de armas, veículos e telefones. Improvisavam tudo: granadas, morteiros, canhões, veículos blindados, capacetes e até o barulho de metralhadoras com a “matraca”. Foram os precursores das rações de campanha. Recrutaram 50.000 homens e 72.000 mulheres com 600 vidas perdidas. Um exemplo de luta, mobilização e a certeza de dias melhores para seus filhos e netos.

Capacete dos soldados da Revolução de 32
Capacete dos soldados da Revolução de 32

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