arquitetura

Theatro da Paz em Belém do Pará

Fachada do Theatro da Paz. Foto Michel Braga de Oliveira.

Além das belezas naturais da capital do Pará, Belém possui uma cultura forte e rica, com elementos expostos em sua arquitetura como o Theatro da Paz.

Construído em 1878, esse magnífico prédio traduz toda a importância e riqueza econômica do Ciclo da Borracha que a Região Norte do país viveu em fins do século XIX e início do século XX. O nome dado ao teatro refere-se ao fim da Guerra do Paraguai.

Foi projetado por José Tibúrcio Pereira Magalhães, engenheiro de Pernambuco, que teve como inspiração o Teatro Scalla de Milão. A construção ficou sob a gestão de Antônio Augusto Calandrini de Chermont. Apesar de muitas mudanças no projeto e dúvidas em relação às denúncias de mau uso do dinheiro, a obra conseguiu seu intento que era elevar a capital paraense à categoria internacional.

Na inauguração foi apresentado o drama “As duas órfãos” de Adolphe d’Ennery. Em 1904, sua fachada foi alterada com a retirada da coluna 7 do pátio frontal e recuo da fachada ornada com bustos que representam a Poesia, a Dança, a Tragédia e a Música e, no centro, o brasão de armas do estado do Pará.

Detalhes

Detalhe do Interior do Theatro. Foto acervo do Ministério do Turismo

De arquitetura neoclássica, com interior em forma de ferradura, encontramos os escritores  José de Alencar e Gonçalves Dias e os maestros Henrique Gurjão e Carlos Gomes em bustos de mármore de Carrara. O painel, confeccionado pelo decorador italiano Domenico de Angelis, apresenta os deuses da mitologia grega Diana e Apolo, em meio à selva amazônica.  Na década de 1960 o teto foi restaurado pelo artista plástico italiano, Armando Baloni. O piso do hall é composto por pedras portuguesas coladas com o grude de gurijuba.

A “cola” que vale ouro

Gurijuba é um peixe cujas vísceras (bexiga natatória), após secas ao sol, servem como matéria prima para cosméticos e suturas cirúrgicas. Esse grude possui muito valor e muito procurado  pela China, Japão, Estados Unidos e países europeus.

Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz – OSTP

Criada em 1996 pela Secretaria de Cultura, a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, além de ter gravado o CD Arthur Moreira Lima interpreta Waldemar Henriqu, e outro com os melhores momentos da orquestra, já executou, entre outros,  títulos como:

  • A Viúva Alegre, de Lehár;
  • O Barbeiro de Sevilha, de Rossini;
  • Madama Butterfly, de Puccini;
  • II Guarany, de Carlos Gomes;
  • La Traviata, de Verdi;
  • A Flauta Mágica, de Mozart;
  • Romeu e Julieta, de Gounod.

Onde: Rua da Paz, s/n° – (91) 4009-8730 – Centro – Belém.

Para mais dicas de cultura e lendas, acesse  CidadeeCultura.com

 

Renata Weber Neiva

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