Sete exposições gratuitas em São Paulo para visitar na última semana de junho

Altar da exposição “Fios que Tramam” com público visitando (Foto/Divulgação @marcos_silva1967

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, promove sete exposições gratuitas nesta semana: “Fios que Tramam”, no Centro Cultural Penha, “Cores e Narrativas”, no Centro Cultural Santo Amaro, “Ancestralidade Feminina”, no Centro Cultural da Juventude, “DA LESTE PRO MUNDO – Dreygoon”, na Casa de Cultura Hip Hop Leste, “Centenário Malcolm X”, na Biblioteca Mário de Andrade, “Acervo e Conservação” e “Atas da Câmara”, no Arquivo Histórico Municipal.

No Centro Cultural Penha está exposta até o último dia do mês a exposição “Fios que Tramam”, que revive a memória do bairro da Penha por meio de uma pesquisa sobre as roupas do século XVIII usadas por mulheres da Irmandade do Rosário. Cada segmento da comunidade tinha um tipo de vestimenta diferente que classificava a classe, devoção e identidade do indivíduo. O projeto destaca a importância das irmandades negras no bairro, para que os moradores de hoje possam se reconectar com suas ancestralidades.

“Ancestralidade feminina: reconhecendo e honrando nossas raízes” é a exposição que acontece no Centro Cultural da Juventude, inaugurada na última semana, ela permanece até 15/08. Idealizadora do projeto, Isabelle Zacarias, montou a exposição como parte do PIAC (Plano de Intervenção Artístico Cultural). As 32 obras concebidas por artistas independentes buscam trazer ao público uma visão plural do que é a ancestralidade e a importância dela para sua jornada.

No Centro Cultural de Santo Amaro, até o dia 9 de julho, está a exposição “África Viva – Cores e Narrativas” do artista plástico Isidro Sanene. Dedicado ao Mês do Continente Africano, a exposição traz 15 telas inéditas com temática da arte e cultura africana, ancestralidade, contemporaneidade e releituras de obras clássicas africanas. As obras desenvolvidas com técnicas variadas trazem representações visuais de grandes civilizações africanas, figuras mitológicas africanas, símbolos, máscaras, representações de artistas e mais.

Isidro Sanene é angolano, natural de Benguela, da etnia ovimbundu. Formado em Letras e Artes Visuais, é professor, contador de histórias, artista plástico, ator, produtor cultural e escritor. Realizou várias exposições individuais com acervos internacionais em países como: USA, Angola, Zâmbia, África do Sul, México, Peru, França, Suíça e agora no Centro Cultural de Santo Amaro.

Com abertura para visitação até o final do mês, a exposição “Centenário Malcolm X” reúne obras visuais dos artistas independentes Eric Reis Dingos Del Barco, Jamil Santos, João do Belmonte e Tauany IFE. A atração expõe, também, publicações do acervo da Biblioteca Mário de Andrade que homenageiam Malcolm X.

Entre os destaques nas obras estão “A Autobiografia de Malcolm X”, “Uma Vida de Reinvenções”, “O Jovem Malcolm X”, “The Last Year of Malcolm X: The Evolution of a Revolutionary”, “Malcolm X Talks to Young People: Speeches in the U.S”. Além disso, são mostradas entrevistas, discursos e textos marcantes relevantes para a população preta em todo o mundo. A curadoria é assinada por Makunge, jovem monitor da Biblioteca.

Na Casa de Cultura Hip Hop Leste, está exposta a primeira exposição individual do artista Dreygoon, que tem como maior referência o graffiti, hip hop e a cultura underground. “DA LESTE PRO MUNDO” traz, entre suas obras, placas de trânsito, que ao invés dos sinais típicos, trazem mensagens de resistência e de valorização da cidade como um espaço aberto à criação e sonhos. As artes permanecem até dia 14 de julho.

Exposições fixas do Arquivo Histórico Municipal

No Arquivo Histórico Municipal estão abertas para visitação duas exposições fixas: “Atas da Câmara” e “Acervo e Conservação”. Às terças, quintas e sábados às 10h30 ou 14h30. A visita é guiada e é preciso retirar ingresso previamente pelo Sympla.

A exposição “Acervo e Conservação”, apresenta as mudanças que aconteceram na cidade de São Paulo a partir do século 19, como no projeto de ajardinamento da Praça da República, de 1901, para modernizar a sua configuração urbana, executado entre 1902 e 1904, pelo engenheiro-arquiteto Tommaso Gaudenzio Bezzi.

Outro documento, é o protótipo do Mário de Andrade para a adaptação de um veículo para servir de biblioteca sobre rodas. O modelo de caminhonete foi construído pela Ford, circulou pelo Jardim da Luz, Praça da República e o Largo da Concórdia e funcionou até 1942.

“Em vez de esperar em casa, vá em busca do seu público onde este estiver”, disse Mário de Andrade, diretor fundador do Departamento de Cultura, em 1935, sobre o projeto.

 Na exposição “Atas da Câmara”, oito atas foram cuidadosamente selecionadas de 1555 a 1899, momento de criação do primeiro cargo de prefeito da cidade de São Paulo. As reproduções das atas são expostas em ordem cronológica, mas os textos de mediação trazem explicações com contexto atual.

Há Atas administrativas do reino de Portugal que atestam o estado da língua que originou o português brasileiro e caligrafias que contam a história social da escrita na América Latina colonial.

O conjunto de Atas foi recentemente reconhecida pela UNESCO, no programa Memória do Mundo, por apresentar um relato original da sociedade colonial portuguesa a partir do século 16, responsável pela maior parte do território colonizado da América Latina e Caribe.