Gastronomia em São Paulo: restaurantes centenários

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Casa Godinho

Os centenários

Quem conhece São Paulo por sua gastronomia tão variada, onde são servidos pratos de praticamente todos os países do mundo, não imagina que, no início, ter uma casa prestando esse serviço era apenas uma função gerida por uma espécie de funcionário público.

A primeira casa de vender “coisas de comer e beber” na Vila de São Paulo de Piratininga surgiu em 1599. A Câmara Municipal decidiu que era necessário haver um local desse gênero para poder servir aos forasteiros e, depois de um juramento público, Marcos Lopes aceitou a função de cuidar do que podemos chamar de “bodega” ou “taberna”. Eram servidas farinhas, carnes, sopa de cobra e assado de lagarto. Em 1603, a cigana Francisca Rodrigues também enveredou por esse ramo.

A alimentação dos paulistanos era a mesma dos índios: canjica, angu, mandioca, peixe e carne. Realmente houve uma imensa evolução. Das primeiras “casas de comer e beber” aos estrelados restaurantes, muita história aconteceu e muitos “forasteiros” chegaram e ficaram para agregar novos ingredientes, novos sabores. Da simples farinha aos melhores pratos internacionais, São Paulo se tornou uma das capitais mundiais da gastronomia.

 

gastronomia restaurantes centenarios(1881) – Carlino Ristorante

O restaurante em funcionamento mais antigo da cidade foi fundado por Carlo Cecchini. Sua especialidade é a cozinha mediterrânea. Entradas excepcionais e pratos principais fantásticos! Seu lema – “Tradição e Simpatia” – atrai os bons de garfo que se deliciam e voltam sempre.

Onde: Rua Epitácio Pessoa, 85 – Vila Buarque.

(1888) – Empório Casa Godinho

Declarada Patrimônio Cultural Imaterial da cidade, a Casa Godinho é um remanescente do comércio típico do século XIX. Fundada em 1888, pelo português José Maria Godinho, este empório foi frequentado por grandes personagens históricos. Bacalhau da Noruega, frios, frutas secas, temperos a granel etc. compõem seus estoques.

Onde: Rua Líbero Badaró, 340 – Centro.

(1872) – Padaria Santa Tereza

No Centro de São Paulo, a Padaria Santa Tereza resiste ao tempo e à modernidade com seu cardápio tradicional. Entre muitas opções, a canja é um destaque. Seu pão português com pura manteiga também é uma excelente escolha.

Onde: Praça Doutor João Mendes, 150 – Centro.

(1896) Paneteria Italianinha

Padaria fundada pela família italiana Franciulli, oriunda da cidade de Lucca. Inicialmente, entregavam os pães em carroças e a domicílio, e assim conquistaram uma forte clientela.

Onde: Rua Rui Barbosa, 121 – Bixiga.

(1897) Padaria 14 de Julho

Rafael Franciulli, mecânico italiano chegou ao Brasil para montar uma oficina, porém seus pães fizeram tanto sucesso que ele cedeu e até hoje sua padaria funciona como uma das melhores da cidade.

Onde: Rua 14 de Julho, 92 – Bixiga.

(1907) Cantina Capuano

Francisco Capuano, fundador da cantina, lembra que batia em uma barra de ferro para avisar os clientes que estava na hora de fechar. Seu interior preserva a tradição de uma típica cantina italiana, com paredes revestidas em madeira, muitas fitas com as cores da Itália e garrafas penduradas.

Onde: Rua Conselheiro Carrão, 416 – Bela Vista.

(1910) Sorveteria Alaska

Tradicionalíssima sorveteria, ainda conserva em latas sorvetes de muitos sabores. Deliciosos e caseiros, experimente o Cassata.

Onde: Rua Doutor Rafael de Barros, 70 – Paraíso.

Foto Marcio Masulino

(1913) Padaria São Domingos

Domênico Albanese trouxe da Calábria a receita do pão italiano e começou a confeccioná-lo aqui. O sucesso foi tanto que até hoje podemos saborear as delícias centenárias que são servidas.

Onde: Rua São Domingos, 330 – Bela Vista.

 

(1914) Basilicata

Felipe Bonzio, da região da Basilicata, fixou-se em São Paulo com sua receita de pão, típica de sua cidade natal.

Onde: Rua 13 de Maio, 614 – Bela Vista.

(1914) Rei do Filet

Com 16 tipos de pratos à base de filet mignon, com temperos e cortes especiais, foi aqui que Adoniran Barbosa compôs a música “Trem das Onze”.

Onde: Praça Júlio Mesquita, 175 – Santa Ifigênia.

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