Santos na Revolução de 1932

AO POVO DE SANTOS

Santos na Revolução de 1932
Memorial da Revolucao de 32

“Aos dirigentes da Milícia Cívica, neste momento decisivo para a vida nacional, vêm dirigir um caloroso apelo a todos os que amam verdadeiramente esta terra, conclamando-a a formar nas fileiras sagradas, que hão de fazer, definitivamente, a libertação da nossa Pátria. Não há, nesta hora, mais que irmãos. Todos por um e um por todos. Pela Liberdade dentro da lei, pela Lei como garantia suprema dos nossos destinos. Fraternizemos todos em volta do pendão das nossas reivindicações cívicas. Todos acorram ao nosso quartel de concentração, no Edifício da Imigração, à Rua Silva Jardim, formando no Batalhão de Honra.

A postos patriotas!

Pela Diretoria

H. Roberto Caiuby – Secretário

Esse era o espírito que tinha tomado conta dos santistas na Revolução Constitucionalista de 1932. Não foram poucos os homens que partiram em defesa do território paulista.  Como também foram muitos que aqui ficaram para proteger o Porto. Muitos da terra pereceram em combate (João Pinho, Carolino Rodrigues, Thiago Ferreira, Alfredo Schammas, Januário dos Santos, Sebastião Chagas, Ivampa Duarte Lisboa, Alfredo Albertini, Eduardo Alves Durval Amaral e Dagoberto F. de Gascon). Foi com a união de forças de todas as camadas sociais que mais uma vez a cidade partiu para lutar por uma causa. Sem mais delongas, eis o que o Diário Popular de São Paulo publicou sobre os combatentes santistas.

“Um oficial da Força Pública hoje chegado das linhas de frente, em palestra com um nosso companheiro de trabalho, declarou que as forças do Tiro Naval de Santos, ao lado das quais está lutando há mais de um mês, num dos setores onde mais violentas têm sido as ofensivas ditatoriais, revelaram-se de uma extraordinária bravura, comportando-se em combate com a mesma tenacidade e eficiência dos melhores soldados regulares.

A galharda rapaziada do Tiro Naval de Santos, acrescentou o nosso informante, quando ocupa uma trincheira, dela não arreda pé, lutando como verdadeiros leões. ‘São ótimos soldados, posso assegurar-lhe; sabem aproveitar inteligentemente o terreno; conhecem perfeitamente o serviço de ligação e reconhecimento, como se outra coisa não tivessem feito na vida senão combater. No setor em que lutei ao lado dos denodados rapazes do Tiro Naval, eles eram comandados por um oficial, de nome Lemos, que se revelou um ótimo condutor de homens na guerra. Pode divulgar as minhas palavras: volto das linhas de frente entusiasmadíssimo com a atuação daquela galharda mocidade santense [sic]’.”

Década de outras revoluções

As revoluções armadas passaram e a vida voltou a seguir seu rumo com mais democracia e liberdade de expressão, mas o ímpeto para coisas novas sempre ficou arraigado no santista e, em outras mudanças que ocorreram no mundo, Santos embarcou de cabeça, principalmente na área cultural.

Nos anos 1980, a explosão musical do rock nacional fez da cidade um grande palco para todas as bandas emergentes. Lembremos aqui dos shows realizados no Clube Regatas Santista, no Heavy Metal, no Caiçara, entre outros. A cidade entra na onda dos patins com várias pistas ao som de Rita Lee e, por muito tempo, a música era uma constante. Outra reviravolta aconteceu: a AIDS, que atingiu a sociedade covarde e silenciosamente. Mas, como sempre, a reação foi rápida e o Sistema de Saúde implantou o Programa Municipal de DST/AIDS, programa pioneiro no país com a distribuição gratuita de antirretrovirais e seringas descartáveis. Em 1991 criou também o Centro de Referência em AIDS – CRAIDS, aumentando ainda mais a prevenção e a ajuda aos infectados. Santos se torna uma referência mundial.

Como podemos ver, a sociedade santista como um todo zela por sua integridade. E mesmo nas adversidades consegue, por sua união, enfrentar problemas de toda ordem.

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