Porto de Santos: Grupo Guinle & Cia

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Cândido Gaffrée e Eduardo Guinle

Como tudo começou

“A família Guinle inicia os seus negócios, na praça do Rio de Janeiro, ainda na segunda metade do século XIX, em 1871. Foi quando Eduardo Palassin Guinle resolve abrir uma loja de tecidos importados, no centro da cidade, tendo como sócio Cândido Gaffrée. Já no ano seguinte, em 1872, os dois sócios ampliam os seus negócios para o ramo de ferrovias.  Incluindo, à época, a construção de estradas de ferro no Nordeste, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em 1888, a Gaffrée & Guinle obtém a concessão para a construção do novo porto de Santos, em disputa com diversas empresas concorrentes.

Mais tarde, a mesma dará origem à Companhia Docas de Santos, que terá Cândido Gaffrée e Eduardo Palassin Guinle como seus principais acionistas. Os negócios que envolviam a construção do porto de Santos passaram a ser as principais atividades dos Guinle na década de 1890. Em 1899, os Guinle adquirem, em localidade próxima a Petrópolis, uma queda d’agua no rio Paquequer, “com o objetivo de construir uma hidrelétrica para fornecer eletricidade ao Rio de Janeiro”.

Contudo, esse plano fora adiado, em função da então construção do porto de Santos. Nesse mesmo ano, foi fundada em Toronto, no Canadá, aquela que seria a maior concorrente dos Guinle no setor elétrico, a companhia Light and Power, voltada inicialmente para a praça de São Paulo, com a denominação jurídica de São Paulo Tramway, Light and Power. A disputa com a Light and Power teria início a partir da própria capital de São Paulo. Em 1901, a Gaffrée & Guinle recebeu autorização para instalar uma usina hidrelétrica no rio Itatinga, destinada a fornecer eletricidade para o Porto de Santos.

Ampliação dos negócios

Ainda naquele ano, quando a usina já estava em funcionamento, tentariam fornecer o excedente de energia elétrica produzida para a cidade de São Paulo, objetivando ingressar naquele mercado. Contudo, seriam barrados pela força do monopólio da Light and Power, que naquela altura já havia absorvido a Companhia de Água e Luz do Estado de São Paulo por meio de controle acionário, tomando, então, para o seu domínio, as concessões que esta última detinha.

As estratégias dos Guinle foram, por um lado, ampliar o máximo possível seus negócios – todos ligados aos serviços públicos e de infraestrutura, isto é, a tríade transportes, energia e portos – para outros estados da federação, estendendo a sua ação territorial no país. No estado de São Paulo, as ações da Gaffrée & Guinle se deram, sobretudo, a partir da cidade de Santos, e da atuação dos Guinle através da Cia. Docas de Santos, incorporada ao patrimônio da companhia. Para fornecer a energia e os serviços necessários ao funcionamento do porto de Santos e da cidade foi construída, inicialmente, a usina de Itatinga, a 31 km de distância do Porto, na Serra do Mar.

A capacidade projetada poderia atingir até 60.000 cavalos de potência, energia essa suficiente para atender, em 1912, às necessidades do porto e da cidade de Santos e fornecer eletricidade a outras localidades e cidades do estado de São Paulo. Fonte:www.ub.edu/geocrit/Simposio/cMOliveira

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