América

Pisac, um dos complexos arquitetônicos mais emblemáticos dos Incas

Ruínas de Pisac.  Fotos Marcio Masulino

Conhecemos Pisac dois dias após termos visitado Macchu Picchu. Acreditávamos que depois daquela experiência maravilhosa que tivemos, pouca coisa iria nos surpreender nos demais sítios arqueológicos… ledo engano. Pisac é incrível! Demos sorte de sermos acompanhados por um guia nativo, o Dario Balanda, simpático, interessado em nos apresentar cada aspecto da sua cultura. Tivemos uma verdadeira aula de cultura Inca, sobre a invasão espanhola e a politica local. Aqui entre nós, acabou por mudar algumas crenças que tínhamos, típicas de quem só ouve a história contada pelo vencedor.

Pisac (ou Pisaq), é um dos sítios arqueológicos mais importantes do Vale Sagrado dos Incas. Pisac deriva de “Pisaca” (quéchua) que significa “perdiz”. Ele está localizado a 33 quilômetros da cidade de Cusco, a 3.300 metros de altitude, e você vai precisar destinar pelo menos um dos períodos do dia para conhecê-lo na sua totalidade e com o devido tempo. Você tem duas trilhas diferentes para conhecê-lo, mas ambas requerem um certo esforço e preparo. Se você já foi para Macchu Picchu vai tirar de letra, se ainda vai, considere esse esforço um “esquenta”.

O maior cemitério Inca da América do Sul

Ao longo do caminho conhecemos o maior cemitério Inca e também o mais antigo da América do Sul.  Ele fica no paredão de uma colina e nela, nos dias de hoje, existem diversos buracos.  Eles foram feitos por larápios a procura de ouro e joias, que lá estavam pois eram enterrados junto com seu proprietário nessas covas.

Você passa pelo sistema de aqueduto, que são canais de pedra que aproveitam a água do rio, além de desvia-lá para outras regiões.

Ao final da trilha vai se deparar com o conhecido e fantástico sistema agrário dos Incas, com recortes concêntricos e simétricos na terra, em níveis de altitude diferente. Essa arquitetura possibilitava ter áreas de umidade e temperatura diferentes, assim como exposição ao sol. Desta forma, viabilizavam o cultivo de inúmeros produtos agrícolas.

Veja mais sobre o laboratório agrícola dos Incas em Moray

Além disso terraços sobrepostos, ruínas das áreas destinadas as residências, mais de 20 torres espalhadas pelo sítio e muito mais. Essas torres eram usadas para a proteção contra invasores e também para a comunicação, tanto entre a comunidade como também com os povoados distantes.

Dario nos mostrou a trilha que os quínchuas (povo local) usavam para chegar a Cusco que, por cortar as montanhas, reduzia a distância para 11 quilômetros. E, o mais interessante é que de 2 em 2 quilômetros se mantinham um informante, assim, quando precisavam de uma comunicação rápida, cada um corria por 2 quilômetros e em cerca de 25 minutos a comunicação era realizada.

Quando se desce a montanha você passa pelo incrível Templo do Sol, poços de água, altares cerimoniais, um “celeiro” onde se guardavam as ervas medicinais (por terem duas estações de tempo bem distintas, as ervas precisavam ser armazenadas),  destaque também para um banco de pedras para duas pessoas…

No final do trilha, por iniciativa de Dario, meditamos ao som de flauta Inca (gravada em seu celular), o que transformou o passeio em uma bela experiência!

Fábrica de Prata em Pisac

Pisac também é conhecida pela extração e fabricação de peças de prata, por isso é inevitável dar uma passadinha nas fábricas da cidade para conhecer a produção e o produto final.

Para mais dicas de turismo e cultura em Cusco e região, acesse a página do Peru no portal  Cidade&Cultura

 

 

 

 

 

 

 

Marcio Alves

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