Paty do Alferes: história e turismo rural

A charmosa cidade de Paty do Alferes, no interior do estado do Rio de Janeiro, a 118 km da capital fluminense, faz parte da região turística do Vale do Café, vizinha da Região Serrana, integrando a importante rota conhecida como o Caminho do Imperador, muito usada por D. Pedro II em sua época. 

Foto por Milson Cipriani / Prefeitura Municipal de Paty do Alferes / reprodução via http://patydoalferes.rj.gov.br/

O turismo rural é o grande atrativo da cidade, com diversos alambiques artesanais, museus, produtores de laticínios, orquidários, centros de equitação, currais de leite, apiários, pesqueiros, plantações, produtos orgânicos, passeios de jipe, doces caseiros, fazendas históricas e uma excelente gastronomia.

Quem gosta de história pode passar pelos locais em que D. Pedro II cavalgava: é o Caminho do Imperador, que foi uma ligação entre Petrópolis e Paty do Alferes no século XIX, que possibilita ao visitante desfrutar de toda a natureza que o cerca.

Entre as belezas naturais que valem ser visitadas está o Vale das Videiras, no Caminho do Imperador, uma serra no Morro do Fama com uma vista incrível para a cidade de Paty do Alferes. Próximo ao Horto de Avelar, o morro do Cruzeiro é outro ponto em que os visitantes podem contemplar a vista dos morros do Vale do Café, bem como se conectar com o símbolo de uma cruz de mais de 6 metros de altura.

No bairro da Maravilha existe uma pequena cachoeira em que os visitantes poderão se deliciar com a frescura das águas escorrendo pelas pedras, e, na área de proteção ambiental de Palmares, um belo lago convida a contemplar a natureza e, bem próximo dali, um pé de Jequitibá com mais de 300 anos.

Na cidade há alguns museus que valem a pena serem visitados, como o Museu do Mangalarga Marchador, que fica na Fazenda Manga Larga, fundada em 1715 e berço do nome desta raça que conquistou os criadores de cavalos no Brasil. O museu foi criado para divulgar esta e outras histórias da cidade. No Museu da Cachaça, o primeiro museu do gênero no país, há um acervo vasto e peculiar, com quadros, coleções de crônicas e artigos, livros especializados, trovas populares, um antigo mini alambique e mais – lá estão instalados uma indústria artesanal de aguardente, duas adegas e um bar para degustação gratuita.

Outro ponto de visitação é a Igreja Matriz, fundada em 1844, que tem arquitetura barroca e foi tombada em 1971 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Foi construída originalmente em pau a pique, é adornada com belas imagens do século XVII e faz parte da história de personagens ilustres de Paty do Alferes. Nela, foram batizados o autor da letra do hino nacional brasileiro, Joaquim Osório Duque Estrada, e a filha do valente escravo Manuel Congo, Concórdia.

O Casarão do Barão de Paty do Alferes, de 1857, recepcionou no coração da Vila de Paty do Alferes sua Majestade D. Pedro II. Existem registros de que o casarão também pertenceu à Baronesa da Soledade e que posteriormente foi transformado em hotel com o nome Hotel do Imperador, passando a ser prédio da Câmara Municipal de Vereadores. A construção é tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC).

A Feira de Artesanato acontece todos os sábados, e, no mês de junho, acontece a Festa do Tomate, que nasceu com a família Hirota, japoneses que foram os precursores no plantio do fruto no país.

Texto por: Patricia de Campos

Foto destaque por: Milson Cipriani / Prefeitura Municipal de Paty do Alferes / reprodução via http://patydoalferes.rj.gov.br/