Nossa Senhora da Penha foi acolhida pela cidade de São Paulo, embora de maneira não oficial, como sua padroeira
Durante o domínio mulçumano na Europa, era comum cristãos enterrarem suas imagens de santos para que essas não fossem profanadas pelos infiéis.
Muitas delas permanecem escondidas até os dias de hoje. Conta-se que, por volta de 1430, um monge francês, de nome Simão Vela, passou a sonhar com uma estátua de Nossa Senhora enterrada em uma serra conhecida como Penha de França, na província de Salamanca na Espanha. Nos sonhos, a imagem resplandecia, envolta em forte luz.
Ao término de cinco longos anos, Simão Vela encontrou, com o auxílio de uma camponesa e de alguns pastores, o tão almejado tesouro.
Construiu no local da descoberta uma pequena capela, onde depositou a imagem. Posteriormente, devido à fama dos milagres atribuídos à Santa, um grande santuário foi erguido no lugar.
Já no século XVII, mais especificamente na cidade de São Paulo, outro fato curioso aconteceu, envolvendo Nossa Senhora da Penha.
Um comerciante francês viajava para o Rio de Janeiro e pernoitou na região que hoje corresponde ao bairro da Penha, na capital paulista. Logo cedo, retomou o trajeto rumo ao litoral. Quando, de noite, montou novamente seu acampamento para descansar, percebeu que sua imagem de Nossa Senhora não estava mais com ele. Retornou até o local do primeiro pernoite e, para seu alivio, a encontrou. Se pôs em marcha rumo ao Rio de Janeiro quando, para sua surpresa, percebeu que a estátua havia desaparecido novamente. Pela segunda vez a encontrou no mesmo local de seu primeiro acampamento. O viajante entendeu aquilo como um sinal de que ali, naquele exato lugar, deveria ser erguida uma capela em homenagem à Virgem. Assim foi feito.
A imagem que protagonizou a milagrosa passagem se encontra hoje na Basílica, construída em 1957, próxima à antiga igreja que dá nome ao tradicional bairro da zona Leste de São Paulo.
Fonte: Maria de Nazaré/Editora Aloha
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