As vozes africanas que ecoam no português brasileiro ganham novas páginas. O Museu Vale lançou o catálogo da exposição “Línguas africanas que fazem o Brasil”, realizada em parceria com o Museu da Língua Portuguesa. Para a ocasião, promoveu um encontro entre o curador Tiganá Santana e Castiel Vitorino Brasileiro, Natan Dias e Jaíne Muniz, artistas capixabas cujas obras integram a itinerância da mostra. O evento, aconteceu no Palácio Anchieta e marcou mais uma ação do Programa Público da exposição. O público poderá retirar gratuitamente exemplares do catálogo durante a atividade.
A conversa propôs uma escuta sensível sobre as vozes, gestos e memórias que moldaram o português falado no país, uma celebração das presenças africanas que seguem pulsando na arte, na língua e nas expressões do cotidiano.
Segundo a diretora do Museu Vale, Claudia Afonso, a publicação amplia o diálogo iniciado nas salas expositivas, convidando o público a revisitar as obras quando quiserem. “O catálogo é uma extensão viva da exposição. Ele registra as reflexões, os diálogos e as imagens que compõem ‘Línguas africanas que fazem o Brasil’, permitindo que o público leve consigo parte dessa experiência e continue o contato com as ideias apresentadas na mostra”, afirma.
Em cartaz no Palácio Anchieta até o dia 14 de dezembro, a itinerância da exposição “Línguas africanas que fazem o Brasil”, concebida originalmente pelo Museu da Língua Portuguesa, investiga as influências das presenças africanas nas linguagens, no vocabulário e na pronúncia do português falado no país. O português brasileiro, marcado por diferentes modos de dizer e sentir, guarda profundas conexões com línguas da África Subsaariana, como o iorubá, o eve-fon e as do grupo banto, legado de cerca de 4,8 milhões de pessoas africanas trazidas ao Brasil entre os séculos XVI e XIX.
Além da língua, essas presenças ecoam em manifestações culturais diversas, como na música, na arquitetura, nas festas populares e nos rituais religiosos. Na mostra, instalações sonoras, produções audiovisuais, símbolos Adinkra (sistema de escrita do povo Ashanti) e materiais como búzios compõem um espaço de memória e celebração que conecta passado e presente, oralidade e escrita. O resultado é uma experiência imersiva que reconhece e valoriza as heranças afrodiaspóricas em constante transformação.
A exposição “Línguas Africanas que fazem o Brasil”, fica aberta para visitação de terça a sexta-feira, das 8h às 18h, e sábados, domingos e feriados, das 9h às 16h, com classificação livre, e conta com recursos de acessibilidade como audiodescrição, Libras e acessibilidade motora. As visitas educativas para escolas podem ser agendadas nos telefones (27) 3636-1031 e (27) 3636-1032 ou pelo e-mail educativo.mv@institutoculturalvale.org
“Línguas africanas que fazem o Brasil” é uma iniciativa do Instituto Cultural Vale e do Museu Vale, com concepção do Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo; patrocínio da Vale; apoio do Governo do Estado do Espírito Santo, por meio da Secretaria de Cultura, e realização do Ministério da Cultura, via Lei de Incentivo à Cultura.
O Museu Vale, em seu momento extramuros, expande suas atividades e leva diferentes manifestações da arte e programas educativos para praças, parques, escolas e outras instituições culturais, alcançando novos públicos e abrangendo outros municípios da Grande Vitória. Através de intercâmbios e trocas de conhecimento, a atuação do Museu continua com seu legado de preservação da memória cultural, possibilitando e fomentando ações de pesquisa, educação, comunicação e formação, sempre próximo às produções do estado do Espírito Santo.
Em destaque estão as últimas mostras desenvolvidas pelo Museu Vale, que reuniram mais de 170 mil visitantes: “Transitar o Tempo”, “Folhear”, “O Extraordinário Universo de Leonardo Da Vinci”, “Memórias do Futuro – Um olhar sobre a coleção do IHGB” e a exposição “De onde surgem os Sonhos – Coleção Andre a e José Olympio Pereira”.
Visitação: até 14 de dezembro de 2025
Horários: Terça a sexta, das 8h às 18h; Sábados, domingos e feriados, das 9h às 16h
Local: Palácio Anchieta – Praça João Clímaco, s/n Centro, Vitória – ES
Curadoria: Tiganá Santana
Artistas Capixabas convidados: Castiel Vitorino Brasileiro, Natan Dias e Jaíne Muniz
Classificação: Livre
Mais informações: educativo.mv@institutoculturalvale.org ou museuvale.org
Imagem destaque por Divulgação
Texto por agência com edição de Isadora Lacerda
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