Os primeiros japoneses a imigrarem ao Brasil vieram no navio Kasatu Maru que atracou no porto de Santos, em 1908. A maioria vinha fugida da fome e da falta de oportunidade em sua terra natal. Dirigidos ao interior para trabalhar nas lavouras, muitos não sobreviveram pelas condições extremas que passaram. Diferentemente dos imigrantes europeus, os japoneses sofreram deveras com o clima, a comida e os costumes dos que aqui habitavam e a maioria dos que sobreviveram ainda tinha em seus corações a esperança de um dia voltar ao Japão. Porém, com a derrota na Segunda Guerra Mundial, estas foram destruídas. E assim, os que ainda alentavam o sonho de uma volta tiveram que fincar suas raízes definitivamente no Brasil.
Em Campinas, o primeiro japonês que se fixou foi Takeji Morita, nascido em Kagoshima. Ele era marceneiro e trabalhou na expansão da rede ferroviária da Sorocabana e Paulista. Foi inventor e criou várias ferramentas agrícolas e trabalhou na Fazenda Monte D’Este (Tozan). Casou-se com Tamayo Sakamoto e juntos tiveram Sancho Morita, o primeiro filho de japoneses registrado em Campinas em 1927.
Segundo a historiadora Maria Katsuko Takahara Kobayashi, em seu livro “A comunidade japonesa de Campinas”, o imigrantes japoneses aqui estabelecidos foram divididos em 4 grupos distintos de acordo com suas características.
São eles: 1° Grupo de Okinawa que chegaram no Brasil no navio Sanuki Maru em 1918 vieram diretamente para Campinas para trabalhar na lavoura, sob a liderança de Teimatsu Gusikuda ou Teisho Shirota (formas diferentes de ler o mesmo nome escrito em ideogramas japoneses) na Fazenda Itaoca entre Campinas e Indaiatuba num total de 56 pessoas; 2° Grupo da Fazenda Monte D’Este (Fazenda Tozan); 3° Grupo dos Comerciantes que chegaram do interior do estado e se instalaram na cidade, trabalhando com pequeno comércio e iniciando pequenos negócios como Ijiro Aoki que é considerado o primeiro empresário japonês de Campinas com a Fábrica de Balas Aoki; e o 4° Grupo dos lavradores formado por imigrantes que vieram diretamente do Japão como lavradores contratados e japoneses do interior do estado de São Paulo que vieram trabalhar nas lavouras de Campinas e região, principalmente na Fazenda Chapadão.
Os bairros Samambaia e Tapera foram os primeiros a terem núcleos japoneses no ano de 1946. Oito anos mais tarde, em 1954 surge a colônia Macuco, na divisa com a cidade de Valinhos. Em 1956 a Colônia Pedra Branca entre o rio Capivari e a estrada velha de Campinas – Indaiatuba. E, em 1957, a Colônia Tozan.
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