História de Santos: abolição da escravatura

História de Santos: abolição da escravatura
Quilombo do Jabaquara

Terra da Liberdade

“O mulato deve ser a raça mais ativa e empreendedora, pois reúne a vivacidade impetuosa e a robustez do negro com a mobilidade e a sensibilidade do europeu” — José Bonifácio

Não é a toa que Santos é considerada a Terra da Liberdade, pois sempre foi a favor da abolição da escravatura. No contexto histórico da cidade, temos passagens importantes para poder afirmar isso, como a Lei Municipal de 27 de fevereiro de 1866. Havia uma comoção generalizada entre os santistas pela causa da abolição. Não importava a classe social a que pertenciam, sempre estavam dispostos a salvaguardar a vida de um negro foragido.

Com a notícia de que Santos era um local de refúgio protegido para os cativos, a quantidade deles que chegavam por aqui era enorme, e por isso foi necessária a criação de vários quilombos. O quilombo do Jabaquara é considerado o maior do Brasil; chegou a abrigar cinco mil negros e foi administrado por Quintino de Lacerda. Outro ponto importante foi onde hoje está o Vale do Quilombo, na área continental de Santos. A defesa dos negros era tão grande que, em mais uma tentativa de abafar o movimento abolicionista na cidade, uma força policial de São Paulo vinda de trem foi impedida por um cerco formado por senhoras. Todas as forças foram reunidas e pessoas compravam cartas de alforria, como no caso da Loja Maçônica Fraternidade que possui registros de tais feitos. Quando finalmente a Lei Áurea foi assinada, a cidade festejou durante oito dias.

Quintino de Lacerda fez do Quilombo do Jabaquara um exemplo de resistência e liberdade para os negros
Quintino de Lacerda fez do Quilombo do Jabaquara um exemplo de resistência e liberdade para os negros
História de Santos: abolição da escravatura
Os Tigres. Escravo que, além de carregarem água, também faziam o despejo dos dejetos no mar. Por escorrer o líquido fétido em seus corpos, eles pareciam tigres

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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