Francisco Glicério de Cerqueira Leite nasceu em Campinas em 1846. Após sua infância humilde, tornou-se tipógrafo, fotógrafo, escrevente de cartório, professor primário, solicitador e advogado.
Quando jovem, já era maçom e participava das reuniões pró-república promovidas pelo Partido Republicano Paulista (PRP), do qual foi presidente. No Brasil, os republicanos ainda eram insignificantes nas urnas por conta da lei eleitoral em vigor na época.
Porém, em 1888, na cidade de São Borja, Rio Grande do Sul, um requerimento da Câmara Municipal propôs um plebiscito à nação quando da morte de Dom Pedro II, pois um terceiro reinado estaria fora de questão, principalmente diante da desconfiança da maçonaria em relação à Princesa Isabel e ao Conde D’Eu.
Esse requerimento repercutiu em outras lojas maçônicas, como a Independência e a Regeneração III, de Campinas. Como lemos no livro 1889, de Laurentino Gomes, “na manhã de 7 de novembro de 1889, uma quinta-feira, o advogado Francisco Glicério de Cerqueira Leite recebeu pelo telégrafo em seu escritório em Campinas, interior paulista, um curta mensagem: Venha já! O remetente era Manuel Ferraz de Campos Salles, advogado provincial de São Paulo e futuro presidente da República”.
Esse chamado nada mais era do que a iminência de um golpe para derrubar o Império. Assim, Glicério partiu para São Paulo onde se reuniu com Bernardino de Campos e Campos Salles, que lhe explicaram a gravidade do momento.
No dia seguinte chegou ao Rio de Janeiro, e, junto com Aristides Lobo, Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa, Benjamin Constant, entre outros, participou de várias reuniões na casa do Marechal Deodoro, onde ficaram definidas as condições e as funções de cada participante na tomada do poder após a queda do Imperador Dom Pedro II. Os militares se ocupariam da revolução armada e os civis, da organização do futuro governo provisório da república.
Após todos os episódios do golpe e da implantação da República Provisória em 1889, Francisco Glicério foi nomeado ministro da Agricultura (1890) e também recebeu a patente de general.
Em 1893, Glicério fundou e presidiu o Partido Republicano Federal (PRF). O objetivo do Partido era colocar na presidência da República um civil. Esse intento foi atingido em 1894 com Prudente de Moraes. Francisco Glicério faleceu na então Capital Federal, a cidade do Rio de Janeiro, no ano de 1916.
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