1 - Turismo

Diretor da Keli Tours dá dicas gastronômicas de Israel

Enio Stelmach é brasileiro, paulistano do bairro do Bom Retiro, e vive em Israel desde 1986. Sempre trabalhou na área de turismo e conhece muito bem o país do Oriente Médio – incluindo a gastronomia.

“Israel é um país onde se come muito bem, com comidas bem temperadas, e onde a streetfood é bastante famosa, com os sanduíches de falafel (vegano; bolinhos fritos de grão-de-bico com vegetais e tahina – molho de gergelim – dentro do pão pita) e shawarma (carne assada, de boi, frango, carneiro ou peru, com vegetais e molhos dentro do pão pita)”, diz Stelmach, diretor de Marketing da Keli Tours.

“Um bom shawarma ou falafel, gosto bastante. Mas tomo cuidado. O falafel tem que ser quente e frito na hora, se não desce igual a acarajé gelado – quadrado! E o shawarma não pode ser gorduroso”, destaca ele.

“Gosto do falafel do Falafels, na cidade de Kfar Saba, próxima a Tel Aviv, na rua Weizman, 57. Em relação ao shawarma, adoro o Etzel Kobi, que fica também em Kfar Saba, na rua Hacharoshet, 19.”

“Há lanchonetes que montam o sanduíche de falafel e shawarma com vegetais e molhos à escolha da pessoa e, em outras, que só colocam os bolinhos de falafel ou a carne assada na pita e a pessoa põe a gosto os acompanhamentos, que ficam numa espécie de bufê”, salienta Stelmach.

O diretor de Marketing da Keli Tours recomenda ainda o homus – a pasta de grão-de-bico –, que ele adora. “Come-se muito bem esse prato, com pão pita, em praticamente todo o país. O que pode variar é a cobertura, pois cada lugar cria a sua”, explica o diretor. “Em Israel, interessante, há um tipo de estabelecimento que só serve homus, a homusiá.”

“No Stekyat Hakfar (rua Weizman, 6, Kfar Saba), o homus e as batatas fritas não têm igual”, assegura.

Ainda no capítulo da streetfood, Stelmach recomenda a shakshuka – ovos escaldados em molho de tomate e pimentão bastante condimentado com diversas coberturas, que pode ser queijo feta, manjericão, pimenta verde etc.

Há ainda o sabich – sanduíche montado na pita com vegetais, como tomate e pepino – dupla onipresente na mesa em Israel –, ovo cozido, berinjela frita e molho amba – à base de manga e temperos. “Não como, pois não suporto berinjela. Inclusive o vegetal está presente na mesa do israelense nas mais diversas formas. Mas para quem gosta de berinjela…”

Outro produto que Stelmach indica é o queijo branco, do tipo cottage. “Os laticínios israelenses são maravilhosos e estão presentes nos cafés da manhã dos hotéis e mercados. Vale a pena prová-los, pois são espetaculares”, sugere.

E há comida judaica em Israel? Sim, com certeza. Judaica, neste sentido, que remete à dieta dos judeus asquenazitas – originários de países do Norte, Centro e Leste da Europa.

O diretor da Keli Tours indica dois, ambos em Tel Aviv: Jewish Restaurant, na rua Kinneret, 4, em Bnei Brak, onde há um delicioso o tchulent (“feijoada judaica”, feita com carnes de boi e frango, feijão branco, cevadinha, cenoura e batata); e o Elimelech, na rua Wolfson, 35.

E para beber? “Recomendo, em especial, o suco de cenoura. Maravilhoso! As cervejas e os vinhos de Israel já são premiados na Europa.”

Para quem não consegue ficar distante da carne bovina, o diretor recomenda a Hudson Brasserie (rua Habarzel, 27, Tel Aviv). “Peça o hudson cut, um corte espetacular.”

Mercados

Graças à alta tecnologia agrícola, Israel cultiva também em áreas desérticas e produz frutas, legumes e verduras que garante o consumo interno e ainda parte é exportada.

“Toda essa fatura pode ser vista e comprada em dois shuks (mercados) de rua bastante famosos de Israel: o Hacarmel, em Tel Aviv, e o Machane Yehuda, em Jerusalém. Em ambos há uma variedade incrível de hortifrutis, pães, carnes, doces, temperos e, junto, barracas e restaurantes de pequeno porte que servem homus, falafel, shakshuka, shawarma e outras delícias. A pessoa precisa sentir o clima único destes mercados, são lugares de um colorido imenso ideal para ótimas fotos, e depois parar para comer.”

Refeições com drusos e beduínos

Em Israel, é muito comum turistas fazerem atividades com os drusos – etnia do Oriente Médio falante da língua árabe e adepta de uma religião semelhante ao Islã – e os beduínos – etnia que vive nos desertos no Norte da África e Oriente Médio de idioma árabe e adepta ao islamismo.

“A Keli Tours tem algumas atividades feitas com os drusos e beduínos, todos cidadãos israelenses, que incluem refeições”, enfatiza Stelmach.

“A comida beduína e drusa… Eu diria que são muita parecidas, podendo obviamente haver variações de aldeia para aldeia, de restaurante para restaurante – o homus, por exemplo, pode ser preparado diferente de uma aldeia para outra – em um lugar o acompanhamento por ser tahina e, em outro, com labneh, um tipo de coalhada. Isto é o que tenho vivido. Gosto igualmente das duas cozinhas. Uma ovelha assada ao fogo lento em uma aldeia drusa ou beduína pode ser maravilhosa.”

Sem problema com o idioma

Com tantos pratos incríveis para saborear, o idioma pode ser uma barreira para curtir a gastronomia em Israel? De forma alguma. Não é necessário falar hebraico e árabe, as mais utilizadas no país. O inglês é bastante falado pela população, que também fala outras línguas como francês, espanhol e português do Brasil.

“Esta é a grande vantagem de Israel: um país de imigrantes. Todos falam tudo. O estrangeiro se sente bem em Israel, assim penso eu”, finaliza o diretor da Keli Tours.

Foto destaque por: Divulgação

Claudio Lacerda Oliva

Posts Recentes

Gerentes de excelência comandam o Marriott Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia

O emblemático hotel Marriott de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, está localizado no…

13 horas atrás

Grupo Aero Service se destaca com serviço de transfer executivo

O Grupo Aero Service se destaca pelos serviços prestados a passageiros em diversos aeroportos do…

13 horas atrás

5ª edição do ‘MAB Margens – Feira de Artes Gráficas’ acontece no Museu Afro Brasil Emanoel Araujo

O Museu celebra o sucesso do evento que reúne artistas e coletivos sob sua marquise,…

17 horas atrás

Ação de empresários lança Circuito Gastronômico em Nísia Floresta (RN)

Nísia Floresta, um destino emergente no Estado do Rio Grande do Norte, conta com as…

2 dias atrás

Aviva anuncia R$ 1.2 bilhão de faturamento em 2023

A Aviva, plataforma de entretenimento detentora do Hot Park – um dos melhores e mais…

2 dias atrás

TAAG assume operação exclusiva da rota Luanda-Lisboa com a sua frota internacional

Dando seguimento ao plano de manutenção e recuperação da frota e, no sentido de responder…

2 dias atrás