Ruínas da Lagoinha em Ubatuba

Turismo Educativo – Ruínas da Lagoinha

Ruínas da Lagoinha na história de Ubatuba

“As ruínas em pedra e cal da Fazenda Bom Retiro estão localizadas próximo ao km 72, da Rodovia Rio-Santos, sentido serra. Construídas, segundo estudos recentes, provavelmente no início do século XIX.  Ainda antes da abertura de subscrição pública – venda de ações, por um dos primeiros proprietários da Lagoinha, o engenheiro francês Stevenné, em 1828; são remanescentes de uma Ubatuba próspera, quando em seu porto eram negociados e exportados a produção valeparaibana, trazida pelos tropeiros pela estrada Ubatuba-São Luís do Paraitinga, e a ubatubana (aguardente, açúcar mascavo, milho, fumo…).

Nesse período, assim como Stevenné, muitos outros estrangeiros: os Vigneron Jussilendiere, Garroux, Bourget (Borgete ou Borges), Charleaux, Bruyer (Brié ou Brulher) etc., foram atraídos para a abastada vila da Exaltação da Santa Cruz do Salvador de Ubatuba.

As Ruínas do Antigo Engenho da Fazenda Bom Retiro da Lagoinha do Município de Ubatuba, foram tombadas pelo CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo em 16 de dezembro de 1985, para sua proteção e valorização enquanto Patrimônio Histórico de suma importância para o Município.

Foi classificado como engenho devido ao grande aqueduto existente e ao que restou das instalações de uma roda d’água. O terreno onde se encontram as Ruínas foi doado pelo senhor Jamil Zantut e sua esposa Benedicta Corrêa Zantut à FUNDART em 19 de outubro de 1989.

Fazenda modelo

O engenheiro francês João Agostinho Stevenné ou Stevenin, no início do século era proprietário, também, da Maranduba e Sapé.  E criou na Lagoinha um engenho de açúcar – uma grande fazenda modelo, escola para o ensino de novas técnicas para a fabricação de açúcar e introdução e propagação de carneiros merinós para a produção de carvão animal, através de abertura de processo de subscrição pública de ações (venda de ações).

A fazenda modelo na Lagoinha entrou em decadência por volta de 1850 com a evolução das técnicas agrícolas. As datas de compra da propriedade por Stevenné, anterior à da abertura de ações, e de venda do Engenho da Lagoinha são desconhecidas e objetos de estudo pelo Departamento de Patrimônio, Biblioteca e Arquivo, da FUNDART.

Segundo relatos orais e recentes pesquisas, outro importante proprietário foi o Capitão Romualdo, já no final do século.  Ele era possuidor de vasta cultura de café e cana de açúcar, fabricante e exportador de aguardente e açúcar mascavo. Seus escravos teriam ganhado a liberdade com a abolição da escravatura.  Mas sem terem para onde ir e por gratidão e amizade, permaneceram até o falecimento do fazendeiro.”

Fonte: FUNDART

Para saber mais sobre  história, cultura e turismo de Ubatuba, clique aqui.

 

Marcio Alves

Posts Recentes

Varginha lança plano para transformar região em potência turística

Varginha prepara Plano de Desenvolvimento Regional do Turismo com apoio da Secretaria de Estado de…

22 horas atrás

Origem Patacho: novo refúgio para adultos alia sofisticação, natureza e design autoral em Alagoas

Divulgação Um hotel intimista, atemporal e profundamente conectado à natureza é a nova promessa da…

1 dia atrás

Novo voo entre Bogotá e Belém amplia conectividade e reforça fluxo turístico internacional no norte brasileiro

Crédito: Fabio Augusto Valencia via Unsplash Cidade-sede da COP30, que será realizada em novembro deste…

2 dias atrás

Observação de Baleias: Turismo Responsável movimenta a economia e protege fauna marinha brasileira

Foto por: Todd Cravens via Unsplash Todos os anos, entre julho e novembro, o litoral…

2 dias atrás

Menos filas, mais charme: descubra Serra Negra em agosto

Foto: Gerson Cordeiro / Videograph A charmosa Serra Negra, encravada nas montanhas da Serra da…

2 dias atrás

Paraíba lança rota que integra religiosidade e desenvolvimento local

Bananeiras, Areia e Solânea compõem o primeiro roteiro religioso da Paraíba com estruturação do SEBRAE…

2 dias atrás