Entre os séculos XVI e XVII, a Vila de Santos foi atacada por corsários e piratas ingleses e holandeses.
“Em 1583 chegava na barra de Santos o pirata inglês Edward Fenton com uma nau e dois galeões com duzentos homens. No porto, até então desprotegido, Fenton usou o pretexto de sua chegada dizendo que sua parada era para fazer reparos em sua armada.
Depoimento de Lucas Ward, vice-almirante da esquadra inglesa de Fenton em carta de 16 de fevereiro de 1584: ’Conta ele que, chegando ao porto como amigos, os ingleses entraram a parlamentar com os grandes da terra, convidando-os para uma reunião a bordo, aparecendo no dia seguinte José Adorno (então com 80 anos), Estevan Raposo, Paulo de Veras, todos senhores de engenhos locais, e mais alguns importantes, que foram banqueteados pelo almirante. Em sua retirada de bordo, foram-lhes prestadas continências militares, com salvas de artilharia, e, no dia seguinte, o mesmo almirante lhes remetia ricos presentes de sedas e veludos, como ao capitão-mor Jerônimo Leitão, presentes que lhe foram devolvidos intactos por Adorno, com a informação de que a gente de Santos não se corrompia com presentes e não se entendia com reconhecidos piratas.
O velho Adorno percebera a trama e assumia a única atitude compatível com o seu caráter, aconselhada por sua experiência de longos anos. Pouco depois, reza a descrição de Ward, foi a bordo um inglês John Withall, genro de Adorno, para informar aos seus patrícios que deviam retirar-se do porto, pois a cidade estava em preparativos militares para expulsálos em caso de negativa. Apareceram de novo José Adorno, Paulo de Veras e Estevan Raposo, declarando ao almirante que partisse, porque o capitão-mor não permitia o seu desembarque e já se apresentava para combatê-lo”. Foi após esse episódio que a Fortaleza da Barra Grande foi construída.
“Na noite de Natal de 1591, a Vila de Santos foi invadida pelos comandados do corsário inglês Thomas Cavendish, quando a população assistia à Missa do Galo. Os corsários saquearam igrejas, o Convento dos Jesuítas, casas, fortes, incendiaram engenhos de cana. Roubaram cerca de 100.000 cruzados (dinheiro português da época), que era tudo o que havia no local, levaram armas e jogaram a imagem Santa Catarina no mar. Depois de ficarem aqui dois meses, seguiram viagem para o sul do continente, onde o mau tempo os obrigou a retroceder e resolveram atacar Santos novamente. Mas, dessa vez, a Vila estava prevenida. Houve luta entre os moradores e os agressores e quase todos os que desembarcaram foram mortos.”
“Outro inimigo de Santos foi o corsário holandês Jorge Van Spilbergen que comandava cinco navios. Em 1615, esse corsário invadiu os engenhos da região incluindo o São Jorge dos Erasmos… Houve um combate entre os moradores e os holandeses; alguns corsários foram mortos e muitos ficaram feridos. Vencido, Spilbergen soltou quatro prisioneiros que fizera e seguiu para o Sul levando um refém, que só foi libertado no Chile.”
Fonte: Santos um Encontro com a História e a Geografia – Ângela Maria G. Frigerio, Wilma Therezinha F. de Andrade e Yza Fava de Oliveira
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