No compasso do maestro

Com regência e direção artística de Fabio Mechetti, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais volta a se apresentar em Belo Horizonte, presencialmente e em canal do YouTube, com uma programação que promete encantar.

Foto por Rafael Motta

Aos poucos, a vida vai voltando ao normal e, nas cidades, as atrações vão sendo reabertas ao público. Em Belo Horizonte, capital de Minas, a música clássica volta a ocupar o seu espaço, ainda que os concertos estejam sendo realizados com restrição de público ou de modo virtual. Caso da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, que desde o início de julho vem se apresentando na Sala Minas Gerais, onde ainda que de modo tímido cumpre a programação deste ano.

Com o retorno da presença do público, estão sendo ser realizadas duas apresentações com o mesmo repertório, às quintas-feiras e às sextas. Nas quintas a apresentação é só para assinantes e tem transmissão ao vivo por meio do canal da Filarmônica no YouTube (www.youtube.com/user/FilarmonicaMG). Já a apresentação das sextas é aberta ao público, com venda de ingressos a partir da quinta.

Ainda que com número menor de concertos presenciais, a programação de 2021 tem como pontos altos a apresentação de estrelas da música clássica nacional consagradas internacionalmente, como o violoncelista Antonio Meneses, em outubro (em julho, a sala recebeu o pianista Arnaldo Cohen). “Ainda não tenho certeza que todos os solistas convidados se apresentarão aqui este ano, pois isso depende da agenda deles”, diz Fabio Mechetti, diretor artístico e regente titular da Orquestra.

O maestro afirma que, apesar dos compromissos que eventualmente poderão vir a impedir as apresentações de artistas internacionais convidados, a presença de Stella Chen já está certa. A violinista norte-americana, que viria em outubro de 2020, está confirmada para o mesmo mês deste ano. Stella foi a vencedora do mais recente concurso Rainha Elizabeth da Bélgica.

Antes disso, para a última semana de setembro, está programado o concerto mais esperado e não realizado da temporada passada: a Sinfonia nº 9 de Beethoven. A obra, que seria executada em homenagem aos 250 anos do nascimento de Ludwig van Beethoven, celebrado em dezembro do ano passado, foi adiada devido à pandemia. Agora, o concerto está programado para o mesmo mês, fora do programa de assinaturas.

Este ano, a Filarmônica de Minas Gerais disponibiliza assinatura para séries de concertos, como Presto e Allegro (às quintas-feiras), Veloce e Vivace (às sextas) e Fora de Série (aos sábados). Na Temporada 2021, a Fora de Série está com nove concertos sobre a história da evolução da orquestra ao longo de quatro séculos: Orquestra Barroca, Orquestra Pré-Clássica, Orquestra Clássica, Orquestra Romântica I, II e III, Orquestra Moderna I e II e a Orquestra Contemporânea.

Com 57 concertos previstos para o programa de assinaturas, a Filarmônica adaptou sua programação para os tempos de coronavírus. A fase inicial das apresentações tem como solistas os integrantes da própria orquestra. Toda a programação foi formatada para ser executada com o público na sala, mas as apresentações ainda dependerão do andamento da pandemia.

Também as transmissões por streaming continuarão. De acordo com o maestro, 17 dos 57 programas serão exibidos gratuitamente ao longo do ano. Os Concertos para a Juventude, por exemplo, seguem sendo realizados sem presença de público na Sala Minas Gerais e com transmissão ao vivo pelo canal da Filarmônica no YouTube.

Para garantir a saúde do público, dos musicistas e da equipe técnica, a Sala Minas Gerais continua seguindo um rígido protocolo de segurança. Nos concertos é obrigatório o uso de máscaras. Por enquanto, a presença do público está limitada a, no máximo, 393 pessoas por apresentação, o que corresponde a 26% da capacidade total da sala (1.493 lugares).

A Sala Minas Gerais é o palco para os concertos das séries regulares da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. O espaço foi inaugurado em 2015, projetado pelo arquiteto José Augusto Nepomuceno e construído para servir como sede da Filarmônica. Com 32.464m² e capacidade para 1.493 espectadores, orquestra e coro, a sala dispõe de recursos de acústica variável, como paredes difusoras em forma de vela, difusores de teto e cadeiras absorsoras.

Sob a batuta do maestro

Belo Horizonte é a cidade da Filarmônica. É na capital mineira que ela se apresenta regularmente em séries de assinatura – Allegro, Vivace, Presto, Veloce e Fora de Série –, interpretando importantes obras do repertório erudito, sob a regência de Fabio Mechetti. O maestro começou a trabalhar com a Orquestra em 2008. A partir daí, graças a sua dedicação, ao seu profissionalismo e a sua batuta, a orquestra mineira ocupa posição de destaque nos cenários nacional e internacional.

Conquistou vários prêmios e realizou turnês em diferentes cidades brasileiras e também no Uruguai e na Argentina, onde suas duas apresentações no Teatro Cólon, em Buenos Aires, tiveram seus ingressos esgotados. A Orquestra concorreu ao Grammy Latino na categoria de Melhor Disco de Música Clássica no ano passado.

Para ficar por dentro da programação da Filarmônica, acesse a Agenda de Concertos (https://filarmonica.art.br/concertos/agenda-de-concertos).

SERVIÇO – Sala Minas Gerais

Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Belo Horizonte/MG

Telefone: (31) 3219-9000

A compra das séries de assinaturas pode ser feita na Sala Minas Gerais, ou pelo site www.filarmonica.art.br. Também a venda e a retirada de ingressos estão disponíveis online, no link disponível em cada concerto na Agenda de Concertos e na bilheteria da sala.

Texto por: Fabíola Musarra. A jornalista viajou a convite da Campanha de Retomada para o Turismo em Belo Horizonte – #VEMPRABH.

Foto destaque por: Rafael Motta