Às vésperas de completar 21 anos, o Museu Afro Brasil Emanoel Araujo amplia seu alcance e marca presença em exposições pelo Brasil, conectando instituições, artistas e territórios
O Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, segue levando seu acervo para além dos muros do Parque Ibirapuera. Neste segundo semestre, seis obras de artistas fundamentais para a arte afro-brasileira e contemporânea estão em cartaz ou prestes a estrear em algumas das principais instituições culturais do país — entre elas a Bienal de São Paulo, o Instituto Tomie Ohtake, a Pinacoteca, a Caixa Cultural Brasília e o Tendal da Lapa.
“Mais do que empréstimos, essas presenças reforçam o papel do Museu como um ponto de convergência e diálogo entre diferentes espaços e olhares, fazendo com que a arte afro-brasileira circule, inspire e siga viva em múltiplos contextos”, explica Flavia Martins, diretora-executiva do Museu Afro Brasil Emanoel Araujo.
São Paulo – Entre os destaques, “Toy for Leonardo da Vinci” (1968), de Edival Ramosa, está em cartaz desde agosto na 36ª Bienal de São Paulo – “Nem todo viandante anda estradas”, que segue aberta ao público até fevereiro de 2026. Com curadoria de Bonaventure Soh Bejeng Ndikung e equipe, a mostra propõe reflexões sobre deslocamentos, pertencimento e memória, em sintonia com o espírito inventivo do artista baiano.
Também desde agosto, o Instituto Tomie Ohtake apresenta “Awake Dreams in New York” (2001), do escultor norte-americano Melvin Edwards, na exposição “A TERRA, O FOGO, A ÁGUA E OS VENTOS – Por um museu da Errância com Édouard Glissant”, com curadoria de Paulo Miyada e Ana Roman. A mostra, que permanece em exibição até março de 2026, reúne artistas cujas obras tratam de ancestralidade, travessias e permanência.
Em Brasília, a Caixa Cultural acaba de abrir a exposição “Nossos Brasis”, com curadoria de Denise Mattar, que exibe “A ovelha e eu” (2011), de Sidney Amaral. A obra, em acrílica sobre papel, aborda as contradições da sociedade brasileira e a resistência do corpo negro diante da desigualdade. A mostra pode ser visitada até janeiro de 2026.
A partir de novembro, a Pinacoteca de São Paulo passa a exibir “Maracatu de Santa” (1970), de Solano Trindade, na exposição “Trabalho de Carnaval”, com curadoria de Ana Maria Maia e Renato Menezes. O trabalho celebra as manifestações afro-brasileiras e a força simbólica dos maracatus, reafirmando a presença popular e coletiva na arte.
O conjunto se completa com duas obras de forte caráter cotidiano: os “Carrinhos de Café” (autoria de Paulo Cesar de Jesus e de artista não identificado) e o “Estandarte do Grupo Maracatu Bloco de Pedra” (2009), de Guga Siliano, que participa neste mês das atividades do grupo no Tendal da Lapa, em São Paulo. As peças conectam o acervo museológico à cultura viva das ruas, entre gestos, ofícios e celebrações.
SERVIÇO – Obras do acervo do Museu Afro Brasil em circulação
Instituto Tomie Ohtake
Exposição: A TERRA, O FOGO, A ÁGUA E OS VENTOS – Por um museu da Errância com Édouard Glissant
Artista: Melvin Edwards – Awake Dreams in New York (2001)
Período: Em cartaz até março de 2026
Curadoria: Paulo Miyada e Ana Roman
Fundação Bienal de São Paulo
Exposição: 36ª Bienal de São Paulo – “Nem todo viandante anda estradas”
Artista: Edival Ramosa – Toy for Leonardo da Vinci (1968)
Período: Em cartaz até fevereiro de 2026
Curadoria: Bonaventure Soh Bejeng Ndikung e equipe
Caixa Cultural Brasília
Exposição: Nossos Brasis
Artista: Sidney Amaral – A ovelha e eu (2011)
Período: outubro de 2025 a janeiro de 2026
Curadoria: Denise Mattar
Pinacoteca de São Paulo
Exposição: Trabalho de Carnaval
Artista: Solano Trindade – Maracatu de Santa (1970)
Período: Estreia em 8 de novembro de 2025 a 12 abril de 2026
Curadoria: Ana Maria Maia e Renato Menezes
Tendal da Lapa – São Paulo (SP)
Evento: Maracatu Bloco de Pedra
Artista: Guga Siliano – Estandarte do Grupo Maracatu Bloco de Pedra (2009)
Período: outubro de 2025
Texto por agência com edição de Rebeca Dias
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