Historia

Naufrágio do navio Monte Cervantes no Canal de Beagle

Após a Primeira Guerra Mundial, depois de restaurado o comércio entre a América do Sul e a Alemanha,  a armadora Hamburg-Süd, foi beneficiada com o retorno do transporte de pessoas e cargas pelo oceano Atlântico. Na década de 1920, a armador aumenou sua frota marítima com embarcações de tonelagens maiores como os vapores Antônio Delfino e o Cap Norte. Mais tarde, construíram o Monte Sarmiento e o Monte Olívia, todos feitos no estaleiro Blohm & Voss, em Hamburgo, Alemanha. Com o sucesso dos cruzeiros de passageiros, fizeram o Cap Arcona (apelidado de O Soberbo) e um menor, o Monte Cervantes, em 1927 e 1928 respectivamente. O total da frota, sobe então, para 6 transatlânticos.

A primeira viagem do Monte Cervantes foi da Alemanha a Buenos Aires, com parada em Vigo, Lisboa, Tenerife, Rio de Janeiro, Santos e Montevidéu.

Em outra rota, quando o Monte Cervantes estava navegando em direção aos fiordes noruegueses, sofreu uma avaria no casco por conta de blocos de gelos flutuantes. Foi reparado nas Ilhas Spitzbergen, Noruega.

Após este incidente, continuou com suas idas e vindas da Europa à América do Sul com os cruzeiros de turismo.

O naufrágio

Em 15 de janeiro de 1930, o Monte Cervantes saiu do porto de  Buenos Aires com destino à Terra do Fogo com 1.117 passageiros e 331 tripulantes. Suas paradas foram: Nandryn, Punta Arenas, Ilha de Dawson até a saída do Estreito de Magalhães. Sete dias após a saída de Buenos Aires, já em Ushuaia, seguiu para o Canal de Beagle.

Infelizmente, segundo relatos, a velocidade da embarcação estava alta (14 nós) para aquelas águas revoltas acompanhadas de uma forte ventania. Quando ouviu-se um estrondo e pequenas batidas, que paralisaram o navio. Da batida, pânico a bordo, móveis rolando, vidraças quebradas.

O Monte Cervantes adernou e a ordem de evacuação foi dada. Em menos de meia hora todos conseguiram sair do navio, com exceção do capitão Theodoro Dreyer e alguns tripulantes.

Em socorro, o vapor Vicente Fidel Lopes, que transportava presos para o presídio de Ushuaia, resgatou mil pessoas. Mais tarde, chegou ao local o navio Monte Sarmiento que conseguiu regatar mais pessoas. O outros se salvaram com os botes que chegaram até às praias.

O fim

Em uma operação arriscada, o capitão Theodoro tentou salvar seu navio. Não deu certo. o Monte Cervantes afundou rapidamente. Os tripulantes remanescente conseguiram sair, Theodoro se recusou e afundou com o navio.

Hoje, jaz próximo ao Faro Les Eclaires, mesmo com as tentativas da empresa Salvamar, com seus rebocadores, resgatar o Monte Cervantes em 1954.

Para saber mais sobre Ushuaia.

 

Renata Weber Neiva

Posts Recentes

Veja onde se hospedar durante o fim de semana da Fórmula 1 na capital paulista

A emoção da velocidade está prestes a tomar conta de São Paulo. Entre os dias…

3 horas atrás

Na Serra Gaúcha, Casa di Pasto Salton apresenta novo menu com cozinha contemporânea e inspiração mediterrânea-oriental

Nova experiência enogastronômica estreia em novembro e combina identidade e inovação com sazonalidade Foto por…

4 horas atrás

Novo refúgio de luxo em Alagoas: conheça o Origem Patacho Design Hotel

Com arquitetura que se funde à natureza e serviços personalizados, o hotel oferece uma imersão…

4 horas atrás

Festival Nosso Futuro Brasil-França chega em Salvador unindo África, França e Brasil

Com o "Fórum Nosso Futuro Brasil-França: Diálogos com África - Nossos Lugares em Partilha" no…

5 horas atrás

Espetáculo de luzes com mais de 50 dias de programação no Natal de Joinville

Com o tema “Aqui, a magia ganha vida”, o Natal de Joinville promete experiências inesquecíveis…

5 horas atrás

Osesp interpreta ‘Minha pátria’, de Bedrich Smetana, sob a regência de Jac van Steen – 30/out a 01/nov

De quinta (30/out) a sábado (01/nov), Orquestra interpreta peça inspirada nas paisagens da região da…

1 dia atrás