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A Dança, da sobrevivência primitiva às experimentações atuais

História da dança – Arte rupestre na Serra da Capivara

Você sabia que há relatos de que se dançava desde a era primitiva?

A dança estava relacionada diretamente com a sobrevivência, já que eram criados rituais em forma de dança. Já as danças milenares, como no Egito, tinham caráter sagrado e homenageavam os deuses. Dançavam de máscaras e adoravam fazer acrobacias.

Representação de um Balé perante Henrique III e sua Corte, na Galeria do Louvre.(folio, Paris, Mamert Patisson, 1582.)

Do Egito vamos para Índia, onde invocavam Shiva (Deus da dança) sempre procurando a união com a natureza. Os indianos quando dançam mexem o corpo inteiro, até os olhos, sempre com significado, nada é à toa. Até hoje a dança é ligada ao misticismo e a religião, as escolas funcionam junto aos santuários. Já os gregos são conhecidos pela dança dionisiana – Dionísio – deus do despertar primaveril, da vegetação, transe, dança da loucura, de sagrada passou a profana.

Passado o tempo, temos a Idade Média que foi responsável pela ruptura na evolução da dança, sendo a igreja a autoridade máxima e as manifestações corporais foram proibidas. A igreja porem não conseguiu interferir nas danças populares. E as camadas privilegiadas inventam a forma de dançar com métrica – procuram estética e beleza, assim nasce a dança erudita que se afasta da popular.

A partir do século XV, com intenso movimento de renovação chamado de Renascimento, as cortes também se transformaram e pela necessidade de ostentar a riqueza passam a comemorar com grandes festas. A dança se desenvolveu particularmente em Florença, na Itália, no palácio da família de Médici, onde aconteciam vários espetáculos, com muitos convidados, inclusive Leonardo da Vinci.

Em uma festa de casamento, foi apresentado o primeiro triunfo, surgindo assim o ballet, que diferente do que muitos pensam, nasceu na Itália e não na França.

Pintura de bailarinas feita por Edgar Degas, 1872.

O ballet romântico se desenvolve na França e se estende por toda Europa. As histórias, em sua maioria, eram heroínas frágeis e tristes que morriam por amor. Neste momento, o homem que até então era considerado figura principal, passa a segundo plano, servindo para sustentação da bailarina que se torna tão leve e sublime que se percebeu a necessidade das sapatilhas de ponta (famosas ate hoje).

No século XX, nasce a neoclássica – criada por George Balanchine, linguagem coreográfica herdada da dança tradicional clássica, a dança passa a ser um encontro de todas as artes.

E finalmente a dança contemporânea, sem modelos rígidos, corpos dos artistas sem padrão preestabelecido. EXPERIMENTAÇÃO é a palavra que melhor a define.

Essa foi uma pequena viagem à dança e a abertura deste espaço, minha coluna, que abordará diversos aspectos da dança.

Symone Coelho, é nutricionista, formada em Magistério da Dança (ênfase em ballet clássico, flamenco e jazz). Ministra aulas de ballet clássico e flamenco, criação coreográfica, terminologia e história da dança, além de produções artísticas ligadas a dança.

Symone Coelho

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