Já sabemos da importância da cafeicultura no interior de São Paulo para o resto do país. O Ouro Negro atingia níveis de exportação e o escoamento do produto era muito dispendioso e muito vagaroso. Havia a necessidade de se desenvolver mais agilidade no transporte da valiosa carga até o Porto de Santos.
A Ferrovia Santos-Jundiaí, inaugurada em 1867, denominada São Paulo Railway Company, foi o exemplo de que nada era impossível para fazer chegar o café ao Porto de Santos. Daí em diante, os cafeicultores viram a possibilidade de escoamento mais rápido, seguro e também mais barato. O que precisavam era reunir capital suficiente para levar a ponta da Santos- Jundiaí até Bragança. E foi isso o que eles fizeram: conseguiram os recursos e, em 1878, começavam as obras já na Estação de Campo Limpo (última da Santos-Jundiaí). Sua extensão foi de 51,5 km até o município de Vargem (antes chamado Bandeirantes). As estações na cidade foram Taboão, Bragança no bairro do Lavapés, Curitibanos e Guaripocaba.
Doze anos depois, em 1884, o apito da locomotiva invade os céus bragantinos, enchendo de entusiasmo a população local e abrindo o caminho do progresso para aquela gente… Uma típica criação da economia cafeeira, lançada e inaugurada por um grupo de fazendeiros, cujos nomes figuravam nas locomotivas a vapor, das antigas Maria Fumaça (sic).
Durante 45 anos, entre 1884 e 1929, a estrada serviu a região bragantina e também a aristocracia rural da época, os chamados Barões do Café, no transporte da produção cafeeira. Com a abertura da Fernão Dias, no governo de Juscelino Kubitscheck, foi dado o golpe de graça na Estrada de Ferro. A Bragantina, quase centenária, era autônoma e não um ramal, foi sobrevivendo a duras penas, e no governo de Laudo Natel foi extinta… Relatos históricos lembram que, em novembro de 1886, o Imperador Pedro II descia de um trem da Bragantina, acompanhado de uma comitiva e pisava neste solo, trazendo a comoção da sua ilustre presença, como relatam os jornais da época”.
Fonte: Passando pelo Passado, José Roberto Leme de Oliveira – “Betinho”.
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