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Atenção aos dados do Turismo Religioso com superávit

Como é do conhecimento de todos, sou referência no Turismo Religioso, e isto acontece porque todos os dias eu tenho me debruçado e estudado o TR em todo o país, seus principais potenciais, os graves erros cometidos, que são constantes. E também todos os dias, junto com outras referências do Turismo Religioso no Brasil, abrimos debates entre nós, preocupados com muitas situações que por vezes saem do verdadeiro sentido do Turismo Religioso.

Atualmente a minha preocupação como de muitos se encontra nos números que alguns destinos costumam informar que alcançam, referente ao turismo religioso, que chega a ser um absurdo fora do normal.

Estes dias uma pessoa entrou em contato comigo e informou que o destino dela recebia um número anual de 4 milhões de turistas com o foco no turismo religioso. Sem dúvida algo surpreendente e de se orgulhar se não fossemos partir do princípio básico da quantidade de leitos no destino e de bases estatísticas.

Se um destino, recebe em média anual 4 milhões de turistas, ele recebe em média por mês um total de 333,333 mil turistas, chegando a receber por dia 11.111 turistas dia. O cálculo é simples! O destino tem que ter em média pelo menos um número de leitos que sejam justificáveis para que as cidades vizinhas possam suprir a necessidade do restante.

Ao consultar o destino, verifiquei que o mesmo tinha um pouco mais de 2 mil leitos, onde parece-me sem sentindo a quantidade de turistas.

E o problema não se encontra apenas neste destino, são vários destinos em nosso país que buscam realizar um superávit na quantidade de Romeiros e Peregrinos que vão ao destino. Em qualquer pesquisa do fluxo de turista devemos calcular considerando o fluxo de visitantes obtidos pelos Boletins de Ocupação Hoteleira, relacionando com o número de estabelecimentos de hospedagem no estado onde a Receita Turística é obtida através dessas informações cruzadas com as informações de gasto médio da Pesquisa da Demanda. No caso do Turismo Religioso no que se refere à Igreja Católica devemos ir ainda mais fundo, procurando junto ao Santuário estas informações que muitas vezes são mais precisas, e confrontar com uma pesquisa séria de fluxo de turista no destino.

Outro equívoco nos cálculos do turismo religioso é buscar calcular o excursionista com o turista, e isto deve ser bem separado. Mais o ponto preocupante é mesmo criar números imaginários para induzir a dados quantitativos que não são compatíveis.

Por este motivo vai o recado: O turismo religioso é turismo, e a pesquisa do fluxo deve seguir a mesma modalidade que é para o turismo como um todo!

Texto por: Manoel Sidnésio

Claudio Lacerda Oliva

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