Desenvolvimento do Porto de Santos

Desenvolvimento do Porto de Santos
Pátio entre o Armazém 12 e 9 – 1947

História do Porto

“Em julho de 1892, novo decreto autoriza o prolongamento do cais, de Paquetá até Outeirinhos. Com mais essa ampliação autorizada, a extensão se estenderia a 5.021 metros, incluindo-se aí trecho contratado para execução na Ilha do Barnabé, de 301 metros. Entre a atracação do navio Nasmith, em 2 de fevereiro de 1892, e a conclusão do contrato com a entrega do cais até Paquetá passaram-se dezessete anos.

Em maio de 1909, estava assentada a última pedra da murada de cais, numa extensão contínua de 4.720 metros, da rampa do Valongo até o cais da Mortona.  Nesse período, a movimentação de cargas cresceu de 124.734 toneladas, em 1892, para 1.569.844 toneladas em 1909, elevando o coeficiente de utilização de cais para 506 toneladas por metro por ano. Foi em 1909 que o porto de Santos atingiu um recorde de exportação de café, com mais de 13 milhões de sacas,  índice que se manteria por várias décadas. O porto experimentou um período de grande ascensão até 1913, um ano antes do início da primeira guerra mundial. A partir daí, e até 1919, enfrentou sua primeira crise, com a depressão que resultou em um fluxo de importação duas vezes maior que o de exportação.

Equilíbrio

Em 1918, equilibra-se a balança comercial e, em 1928, o porto atinge uma movimentação de mais de 3 milhões de toneladas. Vinte anos após a entrega do cais até Outeirinhos, estava concluído o cais da Ilha do Barnabé, com apenas 40 centímetros de espessura, dez vezes menor do que os quatro metros utilizados no cais da margem direita.

Desenvolvimento do Porto de Santos
Descarregador Pneumático – guindaste sugador – para trigo de Paquetá – 1936

Era o primeiro cais de concreto armado na América do Sul. A partir de 1931, o porto sofre os efeitos da crise econômica mundial iniciada com a quebra da bolsa de Nova York, em 1929, e intensificada no país com a Revolução Constitucionalista de 1932, que acaba provocando o bloqueio do porto, reduzindo a movimentação naquele ano para 1.803.855 toneladas. Até 1939, verifica-se novo crescimento, atingindo-se nesse ano 4.296.035 toneladas, elevando Santos à categoria de porto de primeira classe.

Com a deflagração da II Guerra Mundial, o porto passa a apresentar, novamente, um movimento reduzido, reflexo, principalmente, da queda das exportações cafeeiras, que atingem, em 1942, seu menor índice desde 1897. Em 1944, a situação já se normalizava e o porto voltava a atingir mais de 4 milhões de toneladas.

 

Crescimento

A partir de 1945, o porto cresce não só com o aumento da extensão, com a construção do cais do Saboó, mas, também, com a substituição dos antigos guindastes hidráulicos de fabricação alemã (os primeiros a operar no porto) por 47 unidades inglesas da Stothert & Pitt, destinados, também, para aparelhar o cais do Saboó. Com esse impulso, em 1953, é registrado novo recorde, com mais de 7 milhões de toneladas movimentadas e um coeficiente de utilização ultrapassando 1.000 toneladas por metro por ano. A partir de 1955, com a construção das refinarias da Petrobrás em Cubatão e em Capuava, aumentava a demanda do transporte de petróleo e derivados, elevando em quase 100% o movimento nesse período.

Vista aérea do Porto - década de 1960
Vista aérea do Porto – década de 1960

Nas últimas décadas, o porto registrou grandes ampliações, melhoramentos e modernização, com a entrada em funcionamento de diversos terminais privativos, de terminais especializados para contêineres, fertilizantes e granéis líquidos, novas ligações ferroviárias – mais de 100 quilômetros de trilhos –, melhoria e reaparelhamento de seu sistema viário.

CODESP

Em 8 de novembro de 1980, com o fim da concessão da Companhia Docas de Santos, a administração e seu acervo passou a pertencer à Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP), sociedade de economia mista que, até março de 1990, permaneceu sob controle da Empresa de Portos do Brasil S.A. (PORTOBRÁS). Com a extinção daquela holding do sistema portuário em março de 1990, a CODESP passou a ser vinculada diretamente ao Ministério dos Transportes e, mais recentemente, à Secretaria de Portos (SEP). A CODESP cuidou de retomar os investimentos na atividade portuária, através de obras e aquisição de equipamentos.

Na área de investimentos, o destaque maior cabe ao Terminal de Contêineres (TECON), na margem esquerda, inaugurado em agosto de 1981. Em outubro de 1982 começavam a chegar ao porto os 24 guindastes de grande porte adquiridos na Alemanha, marcando o efetivo reaparelhamento do porto. Posteriormente houve a ampliação do Terminal de Granéis Líquidos da Alamoa, com mais dois pontos de atracação. Os terminais privativos passaram a ser implantados no porto de Santos a partir de 1968, com a inauguração do terminal privativo da Cosipa, em Cubatão, com cais de 300 metros de extensão. Outras grandes empresas procuraram o mesmo caminho.

Atualidade

Em 25 de fevereiro de 1993 é promulgada a Lei dos Portos (8.630/93) e, em 1997, a Codesp deixa de exercer atividades de operação de cargas, assumindo o papel de administradora e autoridade portuária de Santos. A mão de obra operacional da empresa é transferida para o Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO) instituído pela Lei dos Portos, assim como o Conselho de Autoridade Portuária (CAP)”.

Fonte: www.portodesantos.com.br/imprensa.php

Desenvolvimento do Porto de Santos
O Portuário – homenagem ao trabalhador do Porto – 1996, na Av. Eduardo Guinle. Com 12 m. de altura, 2 t, armação de metal, lâminas de poliestireno. Criação de Vito D’ Alessio e Juvenal Irene
Locomotiva Lavoura, responsável pelo transporte de aterro para a expansão do Porto
Locomotiva Lavoura, responsável pelo transporte de aterro para a expansão do Porto

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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